A Promotoria de Investigação Criminal (PIC) denunciou os policiais civis Wagner Ferreira Nunes e Juarez Medeiros, por abuso de autoridade. Também foram acusados Priscila Cristine Brito Tanous Boulos, por porte de documento falsificado e denunciação caluniosa, e o policial Humberto Soares de Oliveira Júnior, por falsificação de documento público.
De acordo com o Ministério Público, a denúncia foi feita com base em investigações realizadas pela Corregedoria da Polícia Civil. Foi apurado que, em 16 de julho de 2001, Priscila teria se dirigido à uma agência de turismo, onde se apresentou com identidade falsa. Com o nome de Helena da Silva, ela teria solicitado um visto para os Estados Unidos. A Promotoria acusa o investigador de polícia Humberto Soares de Oliveira Júnior de adulterar o documento.
Ainda de acordo com o Ministério Público, no mesmo dia Priscila foi ao 7.º Distrito Policial, onde trabalhavam os investigadores Nunes e Medeiros, e ali foi instaurado um inquérito policial. A mulher dizia que era vítima da agência, a qual acusava de falsificar documentos.
Após a instauração do inquérito, os policiais Nunes e Medeiros foram até a agência. A Promotoria enfatiza que eles não tinham mandado de prisão ou de busca e apreensão, e mesmo assim, deram voz de prisão ao proprietário da empresa. Além disso, teriam revirado gavetas, apreendido documentos e computadores. Segundo a denúncia, o proprietário da agência foi impedido de fazer qualquer ligação telefônica e foi conduzido ao 7.º Distrito, mas acabou sendo solto após dizer que era amigo de dois delegados de polícia.
