Apesar das tentativas dos advogados em retirá-lo o mais rápido possível do xadrez, o empresário e ex-Big Brother Edilson Buba, 33 anos, vai passar mais uma noite sob a vigilância das câmaras de vídeo da delegacia de São José dos Pinhais. Ontem à tarde o Ministério Público do Paraná deu parecer contrário ao pedido de liberdade provisória para Buba, solicitada pelo advogado Rogério Botelho. A decisão sobre a liberdade do empresário foi informada ao juiz Roberto Negrão, da 2.ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, que deverá se pronunciar hoje sobre o caso. Além desse contratempo na liberação do empresário, o MP ainda o denunciou por tráfico de drogas, não acatando a versão de usuário. Diante disso há grandes chances do empresário permanecer preso, no aguardo de seu julgamento.
Buba foi apanhado na tarde de segunda-feira, no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em companhia de sua namorada Dirliane Siqueira Mattge, a “Dili”, logo após desembarcar de um vôo vindo de Belo Horizonte (MG). O ex-BBB foi flagrado por policiais civis e federais portando maconha e 18 comprimidos de ecstasy. Ele foi autuado pelo delegado Osmar Dechiche por tráfico de drogas. O crime é considerado hediondo e não há fiança. A pena para esse crime varia entre 3 e 12 anos.
Rotina
O empresário passou o seu segundo dia de prisão aparentemente tranqüilo. Almoçou com os outros presos, a mesma refeição destinada a eles: arroz, feijão, salada e almôndega. Por volta das 15h recebeu a visita de seu advogado, que o comunicou sobre o indeferimento do pedido de liberdade provisória. Foi a única visita que o “astro” teve ontem.
Ele divide a cela com outros cinco presos na carceragem da delegacia. No jantar, todos os presos têm a possibilidade de alterar o cardápio oferecido pela delegacia. É permitido que eles recebam até cinco itens de comida (bolacha, leite) devidamente lacrados em um pacote, que é inspecionado pelos policiais. Não é permitido comida cozida.
Fofoqueiros
Desde a prisão do BBB a rotina da delegacia de São José dos Pinhais mudou radicalmente. O telefone não pára de tocar. São pessoas comuns e jornalistas de inúmeros veículos de comunicação de todo o País, principalmente ligados ao gênero de fofocas, que congestionam as linhas de telefone da delegacia. Também muitas fãs e curiosos permanecem em frente ao prédio da polícia à espera de notícias ou para presenciar alguma movimentação envolvendo o empresário. “Algumas pessoas chegam a simular que vão fazer queixa na delegacia para tentar “pescar? algo sobre Buba. Isso atrapalha em muito nosso trabalho”, relatou um policial.