A Promotoria de Justiça de Matinhos, no litoral do Paraná, apresentou nesta quarta-feira (15), denúncia criminal por homicídio qualificado contra dois acusados pela morte do delegado de Polícia de Pontal do Paraná, José Antônio Zuba de Oliva e do servidor público Adilson da Silva, assassinados a tiros durante uma abordagem policial no camping Olho D´Água, no Balneário Carmery, em Pontal, no dia 24 de agosto.
As investigadoras de polícia Noeli de Fátima Bresolim e Luiza Helena dos Santos Pinto, que participaram da ação, não ficaram feridas. Foram denunciados por homicídio qualificado Francisco Diego Vidal Coutinho, conhecido como “Russinho”, e Paulo Roberto Pereira Quintal, o “Marran” ou “Tutancâmon”. Ambos estão presos em Curitiba. A responsável pelo caso é a promotora de Justiça Carolina Dias Aidar de Oliveira.
Na ação penal, o Ministério Público relata que, em agosto, os denunciados e outros dois comparsas, Paulo Gaúcho e Felipe Tex, já falecidos, vieram da cidade do Rio de Janeiro (RJ) para o Paraná, determinados a desenvolverem aqui uma carreira criminosa com a prática de roubos, extorsão e seqüestros. Para tanto, municiaram-se de pesado armamento, inclusive com diversas armas de fabricação estrangeira e de uso restrito.
Acomodaram-se em Pontal, no camping Olho D´Água. Ocorre que, no dia 24 de agosto, o delegado Zuba, o servidor municipal e as duas investigadoras receberam a informação de que havia pessoas armadas no camping. Dirigiram-se até lá para verificar e constataram o fato, dando voz de prisão aos denunciados e seus colegas, que responderam com tiros contra a equipe policial. Zuba e Adilson foram mortos com seis disparos cada um.
Após o crime, o bando fugiu e passou a ser perseguido pela polícia. O denunciado “Russinho” foi preso logo na sequência, ainda em Pontal. Os outros três escaparam e foram para Santa Catarina, onde Gaúcho e Tex acabaram mortos, numa ação policial, e “Marran” detido no dia 4 de setembro.