Colegas do mototaxista Weslei Goulart, 19 anos, assassinado em Cascavel, região oeste do Estado, fizeram um protesto ontem, fechando a Avenida Brasil durante 10 minutos. Eles pediram empenho nas investigações e mais segurança para a categoria. Weslei desapareceu na sexta-feira passada quando saiu para atender um cliente.
A pessoa que pediu a corrida se identificou como Edilson e fez questão de ser atendido por Weslei. A exigência ficou gravada pela empresa onde o jovem trabalhava. Sandro Burda, mototaxista há dois anos, fala que dá a impressão de um acerto de contas, mas diz que também é comum o ladrão pedir o serviço de alguém, depois de já ter obtido informações com a vítima que facilitem o roubo. Sandro disse que o mototaxista levou quatro tiros e apresentava marcas de tortura pelo corpo.
Os mototaxistas acompanharam o enterro do jovem, às 9h de ontem, e depois seguiram até a avenida central da cidade. Pararam o trânsito durante dez minutos, fizeram orações, pediram justiça e mais segurança. Burda conta que já foi assaltado duas vezes enquanto trabalhava no período noturno. ?Uma vez levaram dinheiro e outra a moto?, reclamou.
Depois do protesto, os mototaxistas foram até a delegacia conversar com o delegado para obter informações sobre as investigações. O delegado adjunto, Antônio Donizete, da 15.ª Subdivisão Policial, diz que a polícia vem trabalhando com várias hipóteses, mas a investigação está sob sigilo e não poderia informar se já há suspeitos do crime. Disse apenas que ?já encontramos uma linha, um norte?.
O corpo de Weslei foi encontrado na noite da última quarta-feira em uma plantação de soja, à beira de uma estrada rural. Um ciclista passou pelo local, avistou o corpo e avisou a polícia.