Trafegar de madrugada pela BR-476, nas proximidades do Clube Santa Mônica, tem sido uma ação de risco para motoristas e passageiros, que frequentemente são apedrejados por desocupados que ficam no entorno da Vila Zumbi dos Palmares e tentam assaltar os veículos.
A polícia sabe que isso ocorre, porém não toma nenhuma providência, alegando que as “reclamações são esporádicas”. Somente quando são muitos os registros é que as queixas entram no balanço de ocorrências e então é feito um planejamento para repressão.
Um incidente desses surpreendeu a família do médico Sérgio Valback Ribeiro, há aproximadamente um mês, depois de uma festa de formatura. “É uma selvageria. Eram cerca de dez pessoas, todos adolescentes, que cercaram a van na qual estávamos e começaram a jogar pedras. Só depois entendemos que isso tinha acontecido também com os carros que tinham passado antes de nós pelo local, que estava cheio de pedras no chão”, relata o médico.
A van que ele tinha contratado para fazer o transporte depois da festa ficou com a lataria amassada e com um vidro quebrado. “Depois ficamos sabendo que esses ataques têm sido freqüentes. E não tinha policiamento no local”, critica.
Segundo Ribeiro, a polícia sabe que a situação vem ocorrendo. “Todo mundo sabe e mesmo assim a gente fica à mercê? Tem que ter inibição desses atos”, cobra. “Quero que as pessoas que fazem evento nas proximidades saibam do risco antes, para que pelo menos fiquem alerta para o problema e não sejam pegas desprevenidas, como minha família foi”, diz.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirma que há “reclamações esporádicas” de apedrejamento com tentativas de assalto na região. No entanto, até agora ninguém teria sido efetivamente assaltado. O monitoramento policial fica dificultado caso não seja registrado boletim de ocorrência por quem passa pela situação.
