Motorista é assassinado na rua e desempregado no quintal de casa

Cerca de 10 minutos foi a diferença entre dois assassinatos, ocorridos no Uberaba, na noite de ontem, em locais próximos. Apesar de investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) acreditarem que os crimes não possuem relação, policiais militares, familiares e amigos das vítimas relataram que um Gol branco, modelo antigo, foi visto nos dois locais. Ninguém anotou a placa. O que faz a investigação desvincular um crime do outro é que as duas vítimas foram mortas com armas diferentes, mas ambas com cinco tiros.

O primeiro crime foi por volta das 17h50, no final da Rua Tenente Demosthenes Machado, no Jardim Itiberê, quase na linha do trem.

O motorista Davi Martins, 40 anos, voltava para casa – na invasão Icaraí, outro lado da linha férrea – quando foi abordado por seu assassino. Ele levou cinco tiros na cabeça, peito e pescoço. Como não foram encontradas cápsulas no chão, a perícia acredita que ele tenha sido morto com tiros de revólver, o que será confirmado no Instituto Médico-Legal.

Alberto Melnechuky
Robson pediu socorro à mãe, mas caiu antes de entrar em casa.

Segundo Eliel da Silva Mariano, primo da vítima, Davi era motorista de caminhão em uma empresa de reciclagem de papel. Era casado há 20 anos e tinha um casal de filhos. Apesar das suspeitas de ambos os crimes possuírem relação, os familiares de Davi disseram não conhecer a vítima do outro assassinato.

Conversa

Não muito longe dali, Robson Leandro Pertile, 19, conversava com um amigo em frente à sua casa, na Rua Victor Luiz Maganhoto, Vila Marumby, quando, por volta das 18h, um indivíduo se aproximou. O jovem tentou correr para dentro da residência, gritando: ?Socorro, mãe! Socorro, mãe!?. Mas quando Reginalda Aparecida Pertile foi ver porque o filho gritava, o encontrou ensangüentado no corredor ao lado da casa. Ela disse que não foi até a rua tentar ver quem tinha atirado e não faz idéia de quem seja o autor.

O perito Fontoura, do Instituto de Criminalística, encontrou três estojos, um projétil e uma blindagem de pistola no local.

A mãe de Robson contava que o filho vendia crack, quando foi interrompida pelo padrasto dele, Joel Antônio das Neves, que afirmou que o jovem era apenas viciado em maconha. Robson morava com a família e estava desempregado.

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