Vinte e quatro horas depois de atropelar e matar Olinda Drabeski, 83 anos, e sua neta, Stephany Drabeski Cordeiro, 8, o condutor do veículo Volvo, placa ABE-1818, foi finalmente preso. Marco Antônio Pionkevicz, 33, não tem carteira de habilitação, é dono de uma extensa ficha criminal e ainda é acusado de matar o próprio pai.
Marco foi preso na manhã de ontem, enquanto conduzia um Monza branco, na Vila Lindóia. O carro, que diz ser dele, estava sem documentação, mas não tinha alerta de furto ou roubo. Quanto ao veículo Volvo, envolvido nos atropelamentos, a polícia apurou que está em situação regular.
Policiais do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) chegaram até o suspeito depois de receber duas denúncias.
Ao ser preso, o acusado negou que participava de um racha, e disse que seguia para sua oficina mecânica. Segundo ele, depois de atropelar neta e avó, fugiu a pé e passou no 8.º DP para contar sobre o ocorrido, sem revelar ser o motorista.
A polícia não acredita na versão, entretanto aguarda o depoimento de testemunhas que garantem que ele disputava uma corrida na Rua Eduardo Carlos Pereira (via rápida bairro-centro), no Novo Mundo.
De acordo com o superintende da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), Wilson dos Santos, Marco será indiciado por duplo homicídio com dolo eventual, cuja pena prevista no Código Penal vai de seis a 20 anos de prisão.
Atropelamentos
Neta e avó foram mortas enquanto atravessavam a rua para chegar ao conjunto residencial onde moravam.
O acidente ocorreu por volta das 11h30 de quinta-feira, entre as ruas Rosalino Mazziotti e Ildefonso de França. Elas morreram na hora. Após o acidente, Marco abandonou o carro e fugiu. No local, havia informações que o condutor tinha pego carona com um comparsa, o que ainda é investigado pela polícia.
Suspeito de vários crimes
Em 2004, o pai de Marco Antônio Pionkevicz foi assassinado e encontrado morto no banheiro da casa dele. As irmãs o denunciaram à policia como autor do crime, e Marco foi indiciado. Com a morte do pai, o criminoso herdou um bar, uma oficina mecânica e duas casas. As irmãs desapareceram. Marco também tem passagem na Delegacia de Furtos e Roubos e responde a três processos por receptação de veículos na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, onde ficou preso por 30 dias.
Em 21 de agosto de 2003, a Tribuna noticiou a prisão de Marco, ocorrida quando a polícia encontrou na oficina de placas frias em carros furtados e várias peças de procedência duvidosa. No dia 12 abril, Marco foi novamente notícia nas páginas policiais, acusado de integrar uma quadrilha que praticava assaltos a caixas eletrônicos. Na época, Marco foi preso pelos investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).