Quem caminha nas ruas do Portão se torna alvo de ladrões que agem de motocicleta, principalmente mulheres.

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Segundo relato de duas vítimas, assaltadas no fim de maio, os marginais costumam atacar nas proximidades do supermercado Wal-Mart e do Sesi (Serviço Social da Indústria), principalmente no início da noite, horário de saída do trabalho.

Eles se aproximam das pedestres, muitas vezes sem descer da moto, roubam a bolsa e pertences e fogem.

De acordo com as vítimas, além de mulheres, idosos também estão na mira dos marginais.

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Suzana e Fátima (nomes fictícios) foram assaltadas pouco antes das 20h, logo depois de descerem do ônibus.

As amigas voltavam para casa e, quando caminhavam na Rua Padre Leonardo Nunes, foram surpreendidas por dois rapazes de motocicleta.

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O garupa, que parecia ser adolescente e aparentemente estava desarmado, desceu da moto para abordar as duas. Uma delas reagiu, atitude que não é recomendada pela polícia.

“Ele me pediu a bolsa, mas eu a segurei forte”, contou Suzana. “Eu me dei conta do perigo que estávamos passando e resolvi dar a bolsa”, justificou Fátima, que trabalha como recepcionista.

Casal

No Carnaval, Fátima já havia passado por situação semelhante. Praticamente no mesmo horário, ela foi roubada por um casal em uma moto, na Rua Agostinho Merlin, perto do Wal-Mart.

“Eles nem desceram da moto. Apontaram a arma para a minha cabeça e tomaram a minha bolsa”, relatou. Fátima só conseguiu ver que o homem tinha pele bronzeada e estava de camiseta regata.

A mulher estava com os cabelos pretos e crespos para fora do capacete. Segundo a vítima, esse casal vem agindo há algum tempo na região e já teria assalto uma colega de trabalho dela.

Depois do roubo, a recepcionista foi até uma delegacia para registrar boletim de ocorrência, mas por conta do feriado, o distrito estava fechado. “Não me preocupei em ir à polícia, porque não tinham levado nada de valor, pois não guardo carteira na bolsa. Mas sei que é muito importante que as vítimas registrem boletim de ocorrência”, disse.

Sem segurança

Além das duas duplas descritas pela moça, moradores da região contam que outro motoqueiro costuma agir no bairro e tem cobertura de um comparsa que segue atrás num Escort prata.

“Moro no Portão há sete anos e, ultimamente, não se vê polícia por aqui”, reclamou a vítima, apesar de a sede do 13.º Batalhão da Polícia Militar estar localizada na região.

O delegado Luís Carlos de Oliveira, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), disse que esse tipo de assalto é incomum. “Normalmente, motoqueiros costumam assaltar vítimas na saída de bancos. Eles não têm hábito de correr risco e abordar pedestres para roubar apenas ‘vintão’”, analisou o delegado. Independentemente do valor roubado, Oliveira recomenda que as vítimas façam boletim de ocorrência para que a polícia tenha controle de onde agem os assaltantes.