Por pouco um capitão reformado do Exército não foi vítima do motoqueiro bandido, que ataca suas vítimas na saída de bancos. Ele foi seguido por um assaltante, depois de sacar R$ 15 mil em uma agência bancária, no início da tarde de sexta-feira. O bandido chegou a quebrar o vidro do seu carro – um Fiesta – dentro da garagem do prédio onde reside, na Avenida Santa Bernadete, no Portão. Parte da ação do marginal foi filmada e deverá ajudar na elucidação da tentativa de roubo.
O militar contou que foi até uma agência bancária na Vila Hauer, próximo à passarela, acompanhado por sua mulher, e sacou o dinheiro no caixa. Ele percebeu que, na fila, tinha um rapaz lhe observando enquanto ele conferia o dinheiro. O suspeito falava no telefone celular. ?De repente, ele sumiu. Fiquei assustado. Já estava prevenido e pedi para minha mulher ir na frente?, contou. Durante todo o trajeto até o prédio onde mora, o capitão foi seguido por uma motocicleta. ?Vi que não era normal, porque motocicletas costumam cortar os carros e não andarem atrás deles?, salientou. Quando trafegava pela Avenida Wenceslau Braz, o capitão fez manobras bruscas e supôs que tinha conseguido despistar o motoqueiro. Porém, quando chegou em seu prédio e abriu o portão eletrônico, o motoqueiro invadiu o estacionamento e parou ao lado do carro. Com o cabo do revólver, quebrou o vidro. Numa atitude impensada, o capitão tentou fugir e saiu do prédio, fechando o portão e trancando o motoqueiro dentro. Buzinando, ele cruzou preferenciais e por pouco não se envolveu num acidente. O bandido desistiu do roubo e foi embora.
Investigações
O superintendente Jahfar Sadek, do 8.º Distrito Policial (Portão), informou que está analisando a fita de video gravada pelo circuito interno de segurança do prédio, para tentar identificar o marginal. ?Ele está de capacete, mas a motocicleta tem placa e estamos verificando se é verdadeira?, contou.
Ele disse que, apesar de a vítima ter conseguido fugir ilesa do assaltante, sua atitude não foi correta. ?Ele colocou a vida dele e de outras pessoas em risco?. Jahfar aconselha às pessoas que notarem que estão sendo seguidas, acionarem a Polícia Militar através do telefone celular e nunca irem para casa ou empresa. ?O correto é se dirigir para uma delegacia ou um batalhão da Polícia Militar ou ainda ir para locais com grande movimentação de pessoas?, ensinou. No caso do capitão do Exército, no trajeto que fez passou nas proximidades do 7.º Distrito (Vila Hauer), e o edifício onde mora fica a poucos metros do 8.º Distrito (Portão).