A rebelião na 15.ª Subdivisão Policial de Cascavel, que começou na noite de quinta-feira (11), foi controlada no início da manhã desta sexta-feira (12) depois de negociação com os rebelados. Segundo o delegado-chefe da 15.ª SDP, Amadeu Trevisan Araújo, não houve feridos graves nem fuga. O inquérito será instaurado para apurar os danos na delegacia e as causas da rebelião.
A confusão começou quando os presos retornavam do pátio para as celas. Eles tentaram atear fogo em colchões para impedir a entrada da polícia na carceragem, porém, a ação foi rapidamente contida pelo Corpo de Bombeiros. “A princípio nem mesmo os presos sabiam o que reivindicar, mas depois aceitaram conversar com as autoridades presentes”, afirmou Araújo.
As vistorias constantes nas celas, segundo o delegado, podem ter contribuído para revolta, mas também evitaram que ela tomasse proporções maiores. Dois celulares e alguns estoques foram achados pouco antes da confusão.
Segundo a polícia a reivindicação dos presos era, principalmente, remoção para diminuir a superlotação. “Durante reunião com autoridades da cidade ficou definida a transferência de cerca de 40 presos para outras delegacias”, anunciou Araújo.
O delegado coordenou as negociações quanto às reivindicações e a conversa com os detentos realizada na manhã desta sexta-feira (12). Participaram o juiz da Vara de Execuções Penais Paulo Damas; o promotor da VEP Flavio de Oliveira Santos; o tenente-coronel Celso Luiz Borges, do 6.º Batalhão da Polícia Militar; e o delegado-chefe da Polícia Federal Algacir Mikalovski