Sem imaginar que em uma casa da Rua Júlio Eduardo Gineste, no Santa Quitéria, morava uma família de policiais, três assaltantes se deram mal, na noite de anteontem. Carlos Alberto Galli Bogado Júnior, 19 anos, foi atingido por três tiros e tombou morto na garagem. Júlio César Fontinele levou um tiro nas nádegas e morreu a caminho do Hospital Evangélico. O outro conseguiu escapar.
Eram 22h, quando um policial rodoviário federal chegava em casa, onde mora com os pais – peritos da Polícia Científica, e dois irmãos – um também policial rodoviário federal e outro da Polícia Federal. Os bandidos estavam escondidos atrás de um muro, esperando por uma vítima.
Armados com um revólver calibre 38 – enferrujado, e outro 32, eles renderam o policial na entrada. Mediante ameaças ordenaram que ele entrasse e prendesse os dois cachorros, da raça boxer. O rapaz obedeceu, mas assim que o marginal se distraiu, ele puxou sua pistola e atirou. Os vizinhos ouviram cinco tiros.
Outros
O tenente-coronel Pombo, vizinho da família, disse que logo que ouviu os estampidos saiu para ver o que acontecia. Após os disparos, teve um silêncio de aproximadamente três minutos. Pombo entrou e chamou a Polícia Militar. Em seguida, ouviu mais três tiros, apanhou sua arma e saiu. Eram os policiais militares do 12.º BPM, que já haviam chegado ao local.
Os PMs se depararam com Júlio César. Segundo a PM, ele atirou contra os policiais, que revidaram, acertando-o suas nádegas. O rapaz, que aparenta 20 anos, foi levado pelos próprios policiais ao Hospital Evangélico, mas não resistiu ao ferimento. O terceiro assaltante conseguiu pular o muro e fugir.
Ao saber que o outro assaltante também estava morto, Pombo comentou: ?levaram azar. Acabaram invadindo o local errado?. Além da família de policiais e do coronel, moram na mesma rua um policial federal e um delegado. Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) devem dar prosseguimento às investigações para prender o comparsa dos dois mortos.
