Cláudio morreu ao lado da
cama da jovem que violentou.

Um homem fez de refém a jovem que havia estuprado e foi morto pela Polícia Militar, ontem de madrugada, em São José dos Pinhais. Cláudio Rodrigues, 20 anos, conhecido como “Testa”, invadiu a casa da vítima e a manteve sob a mira de um punhal após a chegada da polícia. A negociação não teve resultado e ele foi morto com um tiro na cabeça.

Segundo a PM, uma semana antes Cláudio tentou entrar na mesma residência, na Rua Ernesto José de Paula, Planta São Marcos. Embriagado, foi tocado pelas duas mulheres que ali moram com uma criança.

Às 3h30 de ontem, o homem voltou e entrou por uma janela que estava com o trinco quebrado. Com um punhal em mãos, abordou uma das vítimas na cama e obrigou a caminhar silenciosamente ao banheiro. Ali a jovem de 18 anos teve que ligar o chuveiro e foi estuprada.

A outra moradora da casa percebeu algo de estranho e pediu ajuda a vizinhos, que chamaram a polícia. Ocupantes de duas viaturas do 17.º Batalhão flagraram o autor ainda no banheiro e cercaram a casa.

Negociação

Cláudio arrastou a jovem até o quarto, com o punhal encostado no pescoço dela. “Ele parceria transtornado e disse que não se entregaria. Ameaçou matar a refém e depois de suicidar”, disse o capitão Milton Isack Fadel Júnior, comandante da 1.ª Companhia do 17.º Batalhão da PM, unidade responsável pelo policiamento em São José dos Pinhais. O estuprador mostrou-se irredutível, mesmo com o veto à presença da Companhia de Choque, conforme solicitara, e com a disponibilidade de um colete à prova de balas. Meia hora depois do início das negociações, Cláudio foi morto com um tiro na cabeça, disparado através da janela.

Para o oficial, não havia outra alternativa aos policiais. “Pela demonstração de desequilíbrio dele, poderia matar a refém a qualquer momento”, disse o capitão.

Suspeito

O acusado não tinha antecedentes criminais, mas era suspeito de ter cometido outro estupro na mesma região, na última sexta-feira. “A vítima desse caso o reconheceu”, disse Fadel.

Como é praxe em ocorrências policiais com feridos ou mortos, os participantes da ação vão responder a inquérito e entregarão suas armas ao respectivo comando.

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