O suspeito morto em confronto com a Polícia Militar depois de roubar uma lotérica no Pinheirinho, no final da manhã de quinta-feira, e que foi identificado inicialmente como Anderson Elias Telles Carneiro, estava com documentos falsos.

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Ele é, na verdade, Tiago dos Santos Florão, o primeiro suspeito preso em 2007 depois de um assalto forjado a um posto de combustíveis, onde uma funcionária grávida foi propositalmente baleada.

O Delegado Rubens Recalcatti, responsável pelo caso em 2007 e hoje titular da Delegacia de Homicídios, lembrou do suspeito. Naquele ano, no mês de maio, três homens levaram R$ 60 mil do posto e atiraram na funcionária Patrícia Cabral da Silva, então com 22 anos.

Ela estava grávida e o disparo atingiu a barriga. Por sorte, o bebê não correu riscos e nasceu saudável. Patrícia apontou Tiago como um dos assaltantes. Depois a polícia descartou a participação dele e identificou os três verdadeiros envolvidos no crime.

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Um mandado de prisão contra Patrícia foi expedido em 2008, depois que uma gravação telefônica indicou que ela forjou o roubo e até o disparo que recebeu para pedir indenização à empresa em que trabalhava. Ela foi presa em 2009.

Confronto

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Tiago e dois comparsas roubaram a lotérica na Rua Nicola Pellanda por volta das 11h de quinta, e foram surpreendidos pela Polícia Militar no momento em que entravam em um Gol branco, Geração Cinco, para fugir.

Eles trocaram tiros com os policiais, abandonaram o carro no Sítio Cercado, e foram atingidos quando tentavam continuar a fuga a pé. As marcas de tiros ficaram por todos os lados na Rua Astorga.

Os três foram encaminhados ao Hospital do Trabalhador pelas próprias equipes da Polícia Militar, e não resistiram. Até o final da manhã de sexta-feira, os corpos dos três já haviam sido recolhidos no Instituto Médico Legal de Curitiba.

Além de Tiago, outro suspeito, que tinha documentos em nome de Alex Borges da Silva, foi identificado como sendo Miguel do Nascimento Ramos Neto, 35 anos. O terceiro suspeito foi reconhecido como Renato Bueno de Oliveira, 27 anos. Tiago e Miguel usavam documentos falsos porque eram evadidos da Colônia Penal Agrícola.