Arlindo Nunes Davi, 58 anos, era um homem calmo. Não gostava de bagunça, música alta nem tinha desentendimentos onde morava. Mas o vício em drogas e álcool podem ter dado motivo para ele ser assassinado, na noite de sábado, em Almirante Tamandaré. Apesar de o crime ter sido à noite, foi só na hora do almoço de domingo que o corpo foi encontrado.
A vítima estava caída no único cômodo da pequena residência de madeira, na Rua Santo Antônio, Parque São Jorge, quase trancando a porta de entrada. Maria Marisa, companheira de Arlindo, foi quem o localizou.
Apesar do relacionamento, moravam separados, e ela estranhou a ausência de Arlindo. “Ele não foi jantar sábado lá em casa. Achei que vinha almoçar, mas também não apareceu. Então vim ver se ele estava bem. Quando vi o sangue na porta, nem tive coragem de entrar. Chamei os vizinhos”, contou Maria.
Moradores ao redor escutaram tiros por volta das 22h de sábado, mas como a região é muito cheia de barrancos e morros e o som ecoa, ninguém conseguiu identificar de onde tinham vindo os disparos.
E com medo, ninguém saiu para ver o que tinha acontecido. Arlindo tinha marcas de tiros na cabeça e um cachimbo, usado para fumar crack, caído próximo ao corpo. Maria confirmou que o companheiro era viciado em drogas e álcool, mas não sabe se estes vícios foram o motivo para o assassinato.