A família do homem morto depois de apanhar na residência alheia, em Almirante Tamandaré, suspeita da versão de arrombamento apresentada pela proprietária da casa. Aline e Mara, irmãs do pedreiro José Francisco Meira Pabis, 34 anos, garantem que o homem não entrou no terreno vizinho, na madrugada de quarta-feira, com intenção de furto.
Elas contaram que José Francisco era alcoólatra e tinha bebido na noite anterior ao episódio. “Ele havia se mudado fazia pouco tempo, estava embriagado e tomava remédios. Deve ter se perdido”, acredita Aline. Segundo as irmãs, o pedreiro nunca teve passagem pela polícia. “Quando ele precisava de dinheiro, nós ajudávamos. Não tinha motivo para roubar”, afirmaram.
Defesa
Para o delegado titular de Almirante Tamandaré, Marcelo Lemos de Oliveira, a hipótese de legítima defesa ainda é a mais plausível. A proprietária da residência relatou que o marido tinha acabado de sair para o trabalho, quando percebeu alguém mexendo na porta. Então, deparou-se com José Francisco e acertou-lhe um golpe na cabeça com o cabo de um machado – o homem foi hospitalizado e morreu no mesmo dia. “Mesmo que a intenção não fosse a de furto, é uma reação normal de quem se vê” falou o delegado, que liberou a autora do golpe depois de ouvi-la.
