O rosto de Elisângelo Rodrigues da Rosa, 18 anos, ficou irreconhecível em conseqüência das pancadas que levou na madrugada de ontem. O corpo do rapaz, morador do Bairro Alto, em Curitiba, foi encontrado somente às 9h de ontem, no final da Rua Terezinha Alves Gaspar, Jardim Guarituba, Piraquara. Os antecedentes criminais da vítima podem ter relação com o crime, conforme suspeita da polícia.
Elisângelo estava há alguns dias hospedado na casa da avó, em Piraquara. Saiu de lá na noite de sábado e, às 4h de domingo, um barulho de briga foi ouvido perto do local em que seria encontrado morto. “Aqui é uma escuridão à noite. Ninguém disse ter visto os autores”, relatou o soldado Vítor, do 17.º Batalhão da PM, que atendeu o caso com o colega José Neves. O jovem levou golpes de objeto contundente – possivelmente pedaços de pau – na cabeça. Uma das lesões assemelhava-se à de arma de fogo, suspeita que será averiguada pelo Instituto Médico Legal.
Elisângelo teve o tênis roubado, mas a polícia não acredita que o assalto fosse o motivo do crime. O jovem passou um ano no Educandário São Francisco, Piraquara, acusado de roubar uma casa lotérica no Bairro Alto. “Ele costumava cometer delitos em Curitiba e esconder-se na casa da avó”, disse o superintendente da Delegacia de Piraquara, Valdir Bicudo. Para o policial, um acerto de contas envolvendo atividade criminosa é a provável razão do 28.º homicídio cometido no Jardim Guarituba, Jardim Holandês e região, em 2004.
