O assassino de Maycon Rodrigo Macedo, 26 anos, morto em Colombo, na sexta-feira, depois de ter furtado uma bolsa, não é um justiceiro. O motivo do crime foi tráfico de drogas e a morte foi vingada na noite de domingo, com o assassinato de Raphael Boeno, 16 anos, no mesmo município. O delegado Hamilton Cordeiro da Paz Júnior, titular da Delegacia de Colombo, informou que o assassinato de Maycon já está elucidado. ?Agora trabalhamos para apurar quem matou Raphael?, disse o delegado.

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Segundo a polícia, na sexta-feira pela manhã, Maycon comprou drogas de Raphael e pagou com um par de tênis, uma camisa e uma calça. Após consumir a droga, o rapaz foi até a casa do garoto, no bairro São Gabriel. Como ele não estava, pegou o ?pagamento? de volta. Assim que retornou, Raphael ficou irritado, pegou o revólver calibre 38 e saiu para à ?caça?. Por coincidência, Maycon havia acabado de furtar uma bolsa de dentro de um carro. Quando corria com a bolsa nas mãos, pela Rua Costa Rica, às 15h40, foi atingido com dois tiros nas costas, dois no peito e um no braço. Logo após o crime, cogitou-se, que os disparos haviam sido feitos por algum justiceiro.

Vingança

Amigos de Maycon não demoraram a descobrir o verdadeiro motivo do crime. Às 21h10 de domingo, Raphael pedalava sua bicicleta, na Rua Nicaraguá, São Gabriel, quando um Kadett prata o atropelou. Em seguida, um dos ocupantes desceu e atirou no rapaz. Gravemente ferido, Raphael foi encaminhado ao Hospital Cajuru, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 22h.

O delegado Hamilton disse que as investigações apuraram que um veículo semelhante ao ocupado pelo autor do assassinato de Raphael foi visto no velório de Maycon, realizado na capela do Alto Maracanã, das 6h às 16h de sábado. ?Já temos suspeitos?, adiantou o delegado.

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Antecedentes ?genéticos?

Maycon é filho de Otaviano Sérgio Carvalho Macedo, 49 anos, o ?Serginho?, único acusado da morte do bicheiro Almir José Solarewicz, que foi condenado pelo crime. Ele foi julgado em novembro de 2005, e recebeu pena de 19 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, por crime hediondo. Porém, a morte do rapaz não tem nenhuma ligação com o jogo do bicho.

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Almir Solarewicz foi assassinado no dia 20 de setembro de 2000, em frente ao prédio onde morava, no Juvevê. Investigações iniciais apontaram que três homens participaram da execução, mas ?Serginho? foi o único identificado e preso.