Mais de dois meses se passaram e a polícia e a família de Natália Palmacene Fuzzo, 18 anos, ainda têm poucas informaçoes do assassinato da estudante, estuprada e esganada em 23 de janeiro, à beira-mar, em Praia de Leste, Pontal do Paraná. A ausência de testemunhas e a eliminação gradual dos suspeitos torna a elucidação do crime um grande desafio.

Natália, que morava em Londrina e passava as férias no apartamento da avó, em Praia de Leste, foi vista pela última vez em um bar do balneário. A estudante namorava o barman do estabelecimento, que tinha música ao vivo e era freqüentado, na maioria, por jovens.

Volta fatal

Segundo o delegado Luiz Carlos de Oliveira, hoje interventor da Delegacia de Homicídios e que à época presidiu o inquérito, disse que na noite do crime Natália anunciou em voz alta que daria uma volta na praia. “Era um recado para o barman”, falou o delegado. A estudante saiu em direção ao mar, perto das 3h30, e foi encontrada morta às 8h, nos fundos de um terreno junto à orla. Ela estava com a blusa levantada, calcinha abaixada até os joelhos, um cinto e a calça jeans amarrados em seu pescoço – mais tarde, o exame de necropsia do IML de Curitiba confirmou o estupro. O delegado acredita que o assassino ouviu o recado da garota e partiu atrás dela.

Suspeito

O barman, outros funcionários do bar e moradores da região em que Natália foi encontrada morta tiveram que fazer exame de DNA, mas o material era incompatível com o do autor. Segundo Oliveira, um homem negro teria sido visto no bar e testemunhas o consideraram suspeito, mas sua identidade nunca foi descoberta. Por fim, a escassez de informações nesses dois meses já desanima a família. A mãe da garota, Ivone Aparecida Palmacene, 41, que morava nos Estados Unidos quando a filha foi morta, põe em dúvida a solução do crime. “Todos os rumos da investigação da polícia, até agora, deram em nada. E nenhuma testemunha apareceu”, lamentou a mãe.

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