Morte de professor do Cefet teria sido crime passional

As investigações que vêm sendo feitas há três meses para apurar o assassinato do professor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-PR), Mauro Rodinski, 61 anos, ocorrido no dia 29 de abril, poderão dar uma reviravolta no caso. A polícia, em princípio, supunha que Mauro havia sido vítima de latrocínio – roubo seguido de morte – porém a hipótese de assalto está praticamente descartada. Uma denúncia anônima, de conhecimento da polícia, dá conta de que o professor foi vítima de crime passional. O delegado Luiz Cartaxo de Moura, titular da Delegacia de Homicídios, disse que está investigando com rigor esta possibilidade.

O assassinato aconteceu por volta das 19h30, quando o professor estava conduzindo seu Astra e parou no sinaleiro da Avenida Iguaçu, quase esquina com a Rua Brigadeiro Franco. Ele foi abordado por três indivíduos que teriam lhe dado voz de assalto. Mauro teria então reagido e por isso sido executado com um tiro na barriga. Segundo Cartaxo, depois de ouvir algumas pessoas ligadas ao professor, esta possibilidade foi descartada, surgindo a hipótese de crime passional.

Através dos interrogatórios, os policiais descobriram que Mauro não estava sozinho no carro. Apesar de ser casado há cerca de 30 anos, o professor estava acompanhado de uma suposta namorada – com quem mantinha relacionamento há mais de cinco anos. Os marginais teriam obrigado o casal a passar para o banco de trás do veículo, mas Mauro não acatou a ordem. A mulher já estava sentada atrás quando seu namorado foi baleado. Em seguida, o trio fugiu do local, abandonado o carro e as vítimas. Mauro chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Evangélico, porém não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois. "Não acredito em assalto, pois eles não levaram nenhum pertence do casal. Além disso, geralmente durante um roubo todos estão armados e neste caso apenas um portava a arma", comentou Cartaxo.

Mauro não tinha filhos e deixou para a esposa uma herança em imóveis em Foz do Iguaçu, avaliada em cerca de R$ 700 mil, e um seguro de vida cujo valor não foi divulgado pela polícia. Os bens só serão passados à viúva depois que o inventário do pai do professor, dono dos imóveis, e o dele forem finalizados. A seguradora também está se recusando a pagar a indenização enquanto o inquérito não for concluído. A Delegacia de Homicídios ainda não identificou os três assassinos que seriam as peças-chave para desvendar a trama.

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