Morte de frentista provoca protesto no bairro Cachoeira

A morte da frentista Adriane Fátima Raab, 23 anos, incitou os moradores do bairro Cachoeira, zona norte de Curitiba, a protestar contra a falta de sinalização no local. Adriane estava de motocicleta e foi atingida por um ônibus que passava pela Avenida Anita Garibaldi, em sentido contrário, às 6h da última sexta-feira. O acidente ocorreu em frente à Unidade de Saúde Cachoeira. Funcionários da Unidade e moradores do bairro estão revoltados: cobram providências por parte da Prefeitura e prometem fechar hoje a via, em sinal de protesto. Essa é a terceira morte no local, desde o início do ano.

“Os motoristas não respeitam mesmo. Vêm em alta velocidade, e é um perigo para as pessoas que ficam aqui fora, aguardando o posto ser aberto”, denuncia a auxiliar de enfermagem Divanir dos Santos. Há apenas seis meses trabalhando na unidade Cachoeira, Divanir conta que já presenciou três atropelamentos e uma morte. “A gente quer lombada. Já pintaram uma faixa branca, mas não é o suficiente”, diz.

Prefeitura

A Prefeitura municipal, através da assessoria de imprensa, informou que a construção de lombada é proibida desde 98, segundo o Código de Trânsito Brasileiro. Informou ainda que a revitalização da Anita Garibaldi, incluindo a amenização da curva em frente à Unidade de Saúde Cachoeira, consta no Projeto de Lei do Orçamento 2003, que está na Câmara Municipal. A readequação, no entanto, depende do desvio do trilho ferroviário – esse, previsto em outro projeto.

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