Morte de estudante volta a ser investigada

A polícia de Ponta Grossa retomou nesta semana as investigações sobre a morte da estudante de jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Tatiane Apel, 18 anos, que faleceu em novembro de 2003, na Santa Casa do município. O laudo, que indica infecção generalizada, não convenceu a família nem os professores e alunos do curso. A aluna, que chegou no hospital com uma aparente intoxicação alimentar, morreu três dias depois na Unidade de Terapia Intensiva do hospital, com parada cardíaca decorrente de falência múltipla dos órgãos.

Como forma de lembrar o caso e pedir a continuidade das investigações, os alunos e o departamento de Comunicação da UEPG promoveram uma exposição de fotos no campus central da instituição. De acordo com o professor Sérgio Gadini, espera-se uma resposta mais convincente por parte do hospital, pois entendem que existe muita incoerência nos fatos. ?Não estamos acusando ninguém, só queremos saber o que realmente aconteceu com a estudante?, disse.

O delegado do 3.º Distrito Policial, Rodrigo da Silva Cruz, reabriu o caso. Serão ouvidas as amigas da Tatiane e três médicos que teriam atendido a estudante. Nesta semana o delegado ouviu a colega que acompanhou a estudante até o hospital. No depoimento surgiram informações relevantes, que ele preferiu não comentar para não atrapalhar as investigações. O delegado pretende concluir o processo até o final do ano.

O professor Sérgio Gadini disse que conseguiu confirmação de continuidade das investigações pelo Ministério Público. A família de Tatiane, que mora em Foz do Iguaçu, também não se conforma com a explicação dada pelo hospital, de que as decisões tomadas pelos médicos estavam corretas.

O advogado da Santa Casa, Emerson Woyciechoski afirmou que o hospital, logo após o fato, entregou os prontuários médicos à família da estudante e ao Ministério Público. Segundo ele, se a causa da morte não ficou esclarecida, cabe à polícia e ao Ministério Público investigar. ?Tudo o que foi solicitado, o que era de direito e estava ao alcance da Santa Casa foi feito?, garantiu. O advogado disse ainda que o hospital se coloca à disposição para esclarecer os fatos, e se os médicos envolvidos forem convocados para depor, a direção da unidade não irá se opor. ?Mas se eles vão ou não é uma decisão pessoal, que independe da direção da Santa Casa.?

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