Thierry Cassab Cipullo, 23 anos, proprietário do restaurante Mamma Carmela, foi encontrado morto, na tarde de sábado, no porta-malas do veículo dele, na Rua Desembargador Westphalen, quase esquina com a Rua Chile, Rebouças. Cipullo, que tinha saído de casa na quinta-feira à noite depois de receber um telefonema, foi assassinado com pelo menos dois tiros na cabeça.
O vigia de um prédio em construção na Westphalen estranhou o fato de o BMW placa AGR-8000 estar parado há quase dois dias naquele local. As portas do carro estavam trancadas, mas ao verificar a situação o vigia acabou abrindo o bagageiro e deparou com o corpo, já exalando mau cheiro, e chamou a polícia. Milicianos do 13.o BPM foram atender a ocorrência.
A chave do BMW, a pochete onde estariam os documentos e outros pertences da vítima e o toca-CDs do veículo sumiram. Mesmo assim a família não acredita que Cipullo tenha sido assassinado por ladrões, mas sim que o crime foi motivado por vingança. A falta dos pertences foi notada por parentes que foram ao local onde estava o corpo.
Desaparecido
Os investigadores Clóvis, Lindamir e Jaci, da Delegacia de Homicídios, fizeram os primeiros levantamentos sobre o caso. “A família será ouvida e deverá nos dar subsídios para que solucionemos o caso”, afirmou Clóvis, acrescentando que a queixa de desaparecimento do rapaz havia sido registrada no 3.o DP (Mercês). Segundo o policial, pelo menos dois tiros foram contados na cabeça da vítima, mas somente exames complementares no IML poderão determinar a quantidade exata de ferimentos.
A gerente do restaurante Mamma Carmela e tia do rapaz, Cássia Cassab, contou que Cipullo recebera um telefonema por volta das 20h30 de quinta-feira. “Ele parecia bastante preocupado e disse que ia sair, mas que voltaria em meia hora”, relatou. A ligação foi feita para o celular de cartão, mas o aparelho não foi encontrado.
Discussão
Ainda de acordo com declarações da gerente, no dia anterior ao desaparecimento, na hora do almoço, o fornecedor de queijos do restaurante teve uma discussão com Cipullo e teria dito que ia “quebrar tudo”. “Acionamos até a polícia para resolver a confusão”, comentou Cássia, acrescentando que o nome e endereço do fornecedor serão revelados em seu depoimento à DH. A vítima morava na Rua Pedro Fabri, Cabral, e havia comprado o restaurante há apenas quatro meses. O estabelecimento, na Rua Desembargador Hugo Simas, Vista Alegre, anteriormente tinha o nome de Di Piu Cantina e Pizzaria.
