Sem que se perceba, o gás monóxido de carbono faz com a pessoa desmaie e morra lentamente, por falta de oxigenação nas células. É a chamada “morte branca” que ocorre principalmente nos períodos de frio. Foi isso que aconteceu com a vendedora Maria Cláudia Marinoni Mourão, moradora no apartamento na Rua Padre Anchieta, Mercês. O corpo da mulher foi encontrado às 14h40, caído no banheiro.
Foi o filho, de 21 anos, de Maria Cláudia quem arrombou a porta do banheiro e encontrou a mãe morta no piso. Ela tomava banho com o aquecedor de água instalado no mesmo cômodo. Segundo o investigador Maurício, da Delegacia de Homicídios, a causa provável foi a falta de ventilação e de regulagem adequada do aparelho. Na semana passada, um caso semelhante ocorreu em um apartamento da Água Verde. Porém a vítima foi socorrida a tempo e levada ao hospital, inconsciente.
Perigo
Segundo dados do Corpo de Bombeiros, nos últimos cinco anos, na região de Curitiba, foram 26 vítimas fatais de intoxicação por monóxido de carbono. O gás não tem cheiro nem cor e se origina da queima incompleta do combustível de aquecedores ou de álcool e carvão, em lugares fechados. Muitas das mortes ocorrem quando pessoas, para aquecer o ambiente, acendem fogos em pequenas latas, sem deixar aberturas de ventilação.
No caso dos aquecedores, as normas brasileiras de instalação indicam a necessidade de duas aberturas constantes de ventilação para os ambientes nos quais eles estão instalados, além de chaminé com contato direto com o ambiente externo. Também é essencial que os aparelhos sejam bem regulados e verificados periodicamente, pois a queima incompleta do gás que os alimenta gera monóxido de carbono.