Descalça, de braços abertos, segurando uma pedra de crack embalada na mão direita e um cachimbo na outra. Dessa forma Roselaine da Silva, 20 anos, foi encontrada morta, às margens do Ribeirão dos Padilha, no Jardim Gramado, no Xaxim, perto da ponte que liga ao Pinheirinho. A jovem, que foi assassinada a tiros, era usuária de crack há seis anos e tinha uma filha de 4 anos.

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Ao lado do corpo, havia um pacote de salgadinho, um cartão telefônico e uma blusa branca, que pertencia à jovem. A perícia constatou que a jovem levou três tiros pelas costas. Apesar de os vizinhos terem ouvido os tiros, ninguém na região soube informar quem era o assassino.

“Passamos na região pouco antes do crime. Certamente ele se escondeu perto da ponte”, disse o soldado Eliandro, do 13.º Batalhão da Polícia Militar. As investigações ficam a cargo da Delegacia de Homicídios.

Filha

Aos poucos, familiares da vítima chegavam ao local do crime. A mãe, doente renal, se debulhou em lágrimas. O irmão já estava conformado. “A gente estava preparado para o pior.”

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Ele disse que a irmã abandonou o lar, depois que começou a usar droga, e vivia perambulando pela região. Roselaine foi internada quatro vezes para tratar do vício, a última, antes do Natal. Sem condições de ser criada pela mãe, a filha está sob tutela de uma tia.

Triste estatística

Marcelo Vellinho

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O assassinato de Roselaine eleva para 16 o número de mulheres mortas desde o início do mês, em Curitiba e região metropolitana. A maioria dos casos está em investigação e as motivações vão de crime passional a envolvimento com o mundo das drogas.

As duas mulheres assassinadas em Colombo nesta semana foram identificadas. Sueli Ribeiro Padilha, 30 anos, foi encontrada morta na manhã de domingo, nos fundos de uma escola, no bairro Campo Pequeno. Ela foi estrangulada e espancada. O crime está sendo investigado pela delegacia central de Colombo.

A outra vítima é Michelle Andrade de Oliveira, 18, que foi assassinada com dois tiros, na manhã de quarta-feira, num matagal no bairro Monte Castelo. Familiares estiveram na delegacia do Alto Maracanã, mas a polícia ainda não tem informações sobre autoria e motivo do crime.