Subiu para quatro o número de pessoas mortas na chacina ocorrida na noite de terça-feira, em uma residência na Rua Crepúsculo, no bairro Guatupê, em São José dos Pinhais.
A quarta vítima é Débora Beira Lourenço, 19 anos, que não resistiu aos dois tiros na cabeça e morreu durante a madrugada de ontem, no Hospital Evangélico. Morreram no local Márcio de Oliveira, 22, Ademir Cortes da Cruz, 17, e Mirian Cristina, 16 – que estava grávida de três meses.
O único sobrevivente da carnificina é Júlio César Dranka, 22, baleado no pescoço e internado no Hospital de São José dos Pinhais, onde está em recuperação.
Pelo que foi apurado pela delegacia local, por volta das 19h50, dois indivíduos teriam pulado o muro da residência, arrebentado a porta da frente e atirado. Todos os cinco ocupantes da casa, que consumiam drogas e ingeriam bebidas alcoólicas, foram baleados.
A residência foi alugada por Márcio, há cerca de 60 dias. Ele morava com a amásia, Débora, e o amigo Ademir. Na noite de anteontem, o casal Júlio e Mirian foi visitá-los.
Investigações
O chefe de investigação, Roberto de Miranda, informou que há três semanas Ademir era ameaçado de morte por um traficante do Guatupê. Além disso, segundo o policial, Ademir e Márcio se envolveram em roubos na região para sustentar o vício pelas drogas.
“Há seis meses, Ademir participou de um seqüestro relâmpago e foi apreendido. Meses depois, foi novamente pego após roubar uma pizzaria”, informou Miranda. “Márcio também já tinha passagem por roubo”, completou.
A polícia suspeita que, na noite de anteontem, os matadores estivessem atrás de um dos dois. Os demais teriam sido baleados por estarem na casa. “Nenhum dos outros três tinha antecedentes criminais”, observou o investigador. Além de ouvir familiares e possíveis testemunhas, os policiais aguardam a recuperação de Júlio para tentar identificar os autores.