O pedreiro Robson dos Santos Sheleider, 23 anos, morreu num acidente de trabalho, num prédio que está em reforma, na Rua XV de Novembro, quase esquina com a Rua Presidente Faria, no centro de Curitiba, por volta de 13h40 de ontem.

continua após a publicidade

Robson estava recolhendo entulhos no fosso do elevador, que estava desativado e, segundo testemunhas, isolado com uma fita, quando o contra peso desceu e empurrou o elevador contra ele. O rapaz morreu na hora e ficou com parte do corpo dentro do fosso e a outra parte do lado de fora.

Segundo Maria Nilza, a “Baiana”, representante do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do Estado do Paraná (Sintracon-PR), o rapaz usava equipamento de segurança individual, mesmo assim, o sindicato vai acompanhar de perto as investigações para identificar o motivo do acidente de trabalho. “O capacete do rapaz estava perto do corpo e o elevador estava isolado, realmente, pelo que parece, foi uma fatalidade”, lamentou.

Para Mayra Doria, diretora de engenharia da empresa responsável pela reforma no prédio, o elevador não estava em funcionamento e, momentos antes do acidente, os mestres-de-obras haviam comunicado aos auxiliares que o serviço de remoção de entulhos da parte inferior deveria ser interrompido, pois alguns funcionários começariam um trabalho na parte superior, inclusive no contra-peso do elevador.

continua após a publicidade

“Não sabemos exatamente o que aconteceu nem porque motivo ele desobedeceu uma ordem e voltou ao fosso. Mas vamos ajudar na investigação para que seja concluída o mais rápido possível”, afirmou. Ela disse também que Robson já trabalhava na empresa há pouco mais de um ano e que a empresa vai dar todo auxílio aos familiares da vítima.

O perito do Instituto de Criminalística Emir Gebran disse que foi até o local para fazer os primeiros levantamentos do acidente e autorizar o recolhimento do corpo, mas informações mais precisas sobre o que realmente aconteceu somente depois de uma análise mais completa no local. “Isolamos a área e em até 72 horas vamos voltar com mais equipamentos para completar o trabalho”, explicou.

continua após a publicidade

O sargento Fabiano Alves França disse que o Corpo de Bombeiros foi chamado somente para livrar o corpo das ferragens do elevador. “O nosso trabalho foi de liberar o corpo para o IML recolher. O prédio é bem velho e o elevador já estava condenado pela prefeitura, mas recentemente a empresa responsável pela reforma conseguiu uma autorização para a demolição. Usamos algumas ferramentas e conseguimos retirá-lo das ferragens”, contou o sargento.