“Bocão” atirou contra o policial e levou a pior. |
Ao trocar tiros com um policial militar, um rapaz foi morto com um tiro no peito, às 22h20 de sexta-feira, no cruzamentos das ruas Salvador Ferrante e Bom Jesus do Iguape, Boqueirão. No domingo, ele foi reconhecido por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos como sendo Daniel de Miranda Júnior, 24 anos, o “Bocão”, que estava sendo procurado.
Policiais da Delegacia de Homicídios estiveram no local e apuraram que o soldado Ademir Freitas Marin, lotado na Rone – Ronda Ostensiva de Natureza Especial, estava à paisana conversando com alguns vizinhos. De repente chegaram dois rapazes, ocupando a motocicleta Honda, CG-125, placa ADC-8587, que possui queixa de furto. Os rapazes se aproximaram do grupo e um deles sacou uma pistola e ameaçou atirar contra um dos homens que estava conversando com o policial. O soldado se identificou e deu voz de prisão para o rapaz. Na tentativa de escapar, o desconhecido mirou a arma para o policial e puxou o gatilho, mas o projétil `engasgou`. O soldado, que estava armado disparou contra o indivíduo, antes que ele puxasse o gatilho novamente. O rapaz caiu morto na rua. Aproveitando a confusão o colega da vítima fugiu sem ser identificado, deixando a motocicleta no local.
Reconhecimento
Os primeiros levantamentos feitos no local pela perita Jussara Joeckel davam conta de que o desconhecido foi atingido por um tiro transfixiante no peito e mais disparos no braço.
João, um dos moradores que presenciou a cena e prefere não revelar seu sobrenome, informou que não conhece os rapazes. `Eles iam atirar nas costas do meu amigo, que é trabalhador e foi salvo pelo policial militar. Quando começaram a atirar eu deitei no chão, relatou o homem. O delegado Luiz Gonzaga Azevedo da Silva, da DH, que atendeu o local de morte, disse que o caso será repassado ao 7.º Distrito (Vila Hauer).
O reconhecimento extra-oficial do corpo, no IML, foi feito por meio de fotos disponíveis na DFR e pelas marcas de dois tiros, que a vítima tinha na perna. “Esses ferimentos são decorrentes de um confronto com nossos policiais, há pouco mais de uma semana”, declarou o delegado Alfredo Dib Júnior, da DFR. Daniel era acusado de ter participado do roubo do malote de uma imobiliária, em frente a uma agência bancária, e que “rendeu” quase 10 mil reais. Esse assalto teria sido orientado por uma funcionária da empresa. Ele também foi reconhecido como um dos integrantes de uma quadrilha que praticou quatro assaltos a estabelecimentos comerciais, em Santa Felicidade. A polícia espera o resultado da análise das impressões digitais, feitas no Instituto de Identificação, para confirmar se o rapaz morto é mesmo Daniel. O corpo não havia sido procurado pela família, no IML, até a tarde de ontem.