O conferente Vilmar Orbem João, 50 anos, morreu do coração, na tarde de quarta-feira, na Unidade de Saúde 24 horas do Boqueirão. Os familiares de Vilmar afirmam que houve demora no atendimento e acusam os responsáveis pela US de negligência médica e omissão de socorro. A vítima deu entrada no posto de saúde às 8h de quarta, onde foi medicado e ficou sob observação, aguardando em uma cadeira, por falta de leitos.
Um eletrocardiograma, feito logo após a consulta, acusou um princípio de derrame. Rosilene Heberle, amiga da família, conta que por volta das 17h, ele teve um ataque cardíaco fulminante. "A esposa dele, grávida de cinco meses, é assistente de enfermagem e constatou o óbito por volta das 17h30", conta Rosilene. Segundo ela, somente após a morte de Vilmar é que uma ambulância chegou para levá-lo ao Hospital Cajuru.
Cláudia Orbem, sobrinha da vítima, diz que os atendentes do posto de saúde tentaram se livrar da responsabilidade pela morte do tio, ao colocá-lo na ambulância e alegar que ele teria morrido na viatura. Matheos Chomatas, diretor do Serviço de Urgência e Emergência de Curitiba, conta que Vilmar recebeu o atendimento necessário e ficou em observação porque apresentava sintomas de enjôo, dor de cabeça e pressão alta. "Se eu o colocasse deitado, vomitaria. O prontuário médico dele está registrado em nosso sistema", diz o diretor. Chomatas afirma que Vilmar entrou ainda vivo na ambulância, e morreu na entrada do hospital Cajuru, por uma crise de hipertensão. O laudo sobre a causa da morte sairá em 40 dias.