Há um mês, Thiago Herbert de Paula, 17 anos, saiu da casa de seus pais para morar com amigos, também na Vila das Torres, Prado Velho, em Curitiba. Na noite de sexta-feira, às 21h15, foi morto com três tiros e seus amigos desapareceram, enquanto sua mãe chorava ao lado do corpo, caído na Rua da Palmeiras.
Como de costume naquela região, ninguém quis falar nada aos soldados Gilmar e Cândido, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, que atenderam a ocorrência.
A dona do depósito onde Thiago morava contou que estava separando o lixo no barracão, situado nos fundos de sua casa. Ela disse que viu Thiago com dois rapazes e acreditou que eram amigos do garoto. Um dos rapazes estava de bicicleta e outro a pé. De repente, ela ouviu quatro tiros e quando saiu para ver o que havia acontecido, deparou com o corpo do jovem já sem vida. Já a mãe do garoto, Mônica, recebeu a informação de que Thiago caminhava pela rua quando um grupo passou por ele e o baleou, mas ninguém soube dizer quem eram os assassinos. “Não foi assalto. Alguém queria matar meu filho”, comentou, descartando uma das hipóteses para o crime.
Mônica mora a poucas quadras de onde seu filho foi assassinado. Ela declarou que o filho não tinha envolvimento com drogas nem problemas com a polícia. “Não sei o que pode ter acontecido, pode ser briga de gangue”, disse. Segundo Mônica, Thiago queria sair de casa e por isso foi morar com amigos. “Ele sempre ia me visitar, mas hoje ele não foi”, lamentou, referindo-se ao dia do crime.
Foi um menino que a chamou na sua residência, avisando que seu filho havia sido baleado. Ela foi até o local para chamar o Siate, mas já encontrou Thiago agonizando, com dois tiros no peito. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.