O tráfico de drogas na Vila Parolin fez mais uma vítima, na noite de terça-feira. Foi segurando um punhado de dinheiro na mão, entre cédulas e moedas, que Maria do Socorro dos Santos, 30 anos, foi executada no beco entre a parede de sua casa e o muro, na Rua Eugênio Parolin. A vítima, que era aposentada por invalidez, devido sua deficiência mental, era uma dos diversas usuárias de crack que vivem na região e acumulam dívidas com traficantes para sustentar o vício.
No início da noite Maria avisou a mãe, Leonora dos Santos, 54 anos, que iria sair de casa para dar uma volta pelas ruas do bairro. Preocupada, a mulher implorou para que a filha ficasse em casa, mas esta não a obedeceu. Por volta da meia-noite, Leonora ouviu quatro estampidos, seguidos dos gritos de desespero de Maria. "Ouvi ela gritar e abri a porta correndo, mas não a encontrei. Hoje cedo, vi minha filha caída atrás de casa, morta", contou a mulher desolada, que já teve dois filhos assassinados e outro preso, em decorrência do tráfico de drogas.
De acordo com Leonora, Maria era mãe de três filhos, porém por não ter condições financeiras e psicológicas de criá-los, ela perdeu a guarda. "Os filhos dela estão espalhados em orfanatos", contou a mãe da vítima.
O crime comprovou que o tráfico de drogas ainda domina a Vila Parolin, apesar de a região ter sido invadida por policiais militares durante uma megaoperação realizada em maio deste ano. O assassinato será investigado pela Delegacia de Homicídios.