Morre após confusão em bar no Alto da XV

Agredido na cabeça durante confusão na saída da casa noturna Bola Rola Snooker Bar, no Alto da XV, o técnico em informática Jackson Okazaki, 28 anos, morreu ao chegar em sua casa, no Bairro Alto, no início da manhã de ontem. A mulher da vítima relatou à polícia que o rapaz foi agredido por seguranças do bar, situado na esquina da ruas Itupava e Schiller.

De acordo com boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Homicídios (DH), Jackson e a mulher teriam permanecido na casa noturna por algumas horas. Na saída, houve um problema com a ficha de consumação do casal.

De acordo com os relatos, enquanto a mulher retornou à mesa para pegar a ficha que tinha esquecido, os seguranças do local, intitulando-se policiais, teriam empurrado Jackson.

Na confusão, o rapaz levou uma pancada na cabeça. O Siate foi chamado, mas Jackson deixou o local com a mulher, de carro. No caminho, eles passaram no Ciac Sul (Portão) para denunciar a agressão, porém Jackson começou a passar mal e resolveu ir para casa sem registrar a ocorrência. “Ele estava vomitando sangue e morreu logo após chegar em casa”, disse o soldado Esperança, do 20.º Batalhão da Polícia Militar.

Pela manhã, funcionários do bar confirmaram que houve confusão, mas não souberam dizer o que aconteceu porque não estavam trabalhando na hora da briga.

Algumas testemunhas comentaram que outras pessoas, entre elas um garçom, teriam ficado feridas, porém a polícia ainda não tinha informações a esse respeito. A delegacia aguarda os laudos do Instituto Médico-Legal para confirmar se Jackson morreu em consequencia da agressão sofrida no bar.

Briga foi fora

Giselle Ulbrich

Cristiano Barbosa, proprietário do Bola Rola, informou que Jackson Okazaki não foi agredido por seus funcionários. Na versão do empresário, Jackson não queria pagar a conta ao ir embora.

 Não gostou da orientação de voltar ao caixa e pagar a consumação e deu um soco no rosto de um funcionário, que foi atendido pelo Siate. A esposa de Jackson também deu um tapa em outro funcionário. “Não houve revide”, afirmou Cristiano.

O casal foi colocado para fora. Lá, teria arranjado outra confusão com pessoas que viram o comportamento deles dentro do bar e se revoltaram. “Meus funcionários separaram a briga e protegeram o rapaz, que entrou no carro e foi embora com a esposa”, explicou Cristiano.