Um rapaz, suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas, foi morto ao tentar reagir a abordagem policial, por volta de 23h de terça-feira. Luciano Lopes, 25 anos, conhecido como “Lulu”, estava na Rua Engenheiro Eduardo Afonso Nadolny, nas Moradias Vitória Régia, na Cidade Industrial, armado com uma pistola calibre 380 e certa quantia em dinheiro.
Quando foi chamado pelos policiais militares do 13.º Batalhão, sacou a arma, mas não teve tempo de atirar. Ele foi ferido e caiu em frente a uma farmácia. Segundo o Aspirante Gláucio, do 13.º BPM, há vários dias o rapaz era vigiado, pois, além de suspeito de tráfico de drogas, ele tinha um mandado de prisão por homicídio, cometido em Araucária.
“Logo depois do confronto, uma equipe policial foi à casa dele, bem próximo de onde ele morreu, e encontrou dois quilos de crack, um revólver calibre 38 e um colete balístico, roubado de um guarda municipal, em Mandirituba”, completou.
Investigação
“Lulu” era investigado por policiais do serviço reservado do 17.º BPM (região metropolitana) e pela delegacia da Araucária. O delegado Rubens Recalcatti informou que o rapaz já havia ficado preso na cidade, por porte ilegal de arma, e era investigado em vários homicídios. “Na última vez que tivemos informações dele foi quando apreendemos várias armas, mas Luciano conseguiu fugir. Fizemos os exames balísticos que confirmaram que o armamento tinha sido usado em homicídios no município”, explicou o delegado.
“Lulu” era temido nas Moradia Vitória Régia. Enquanto a polícia mantinha o local isolado, até o corpo ser recolhido pelo Instituto Médico-Legal, vários rapazes passavam e se admiravam com a morte de, segundo eles, um dos principais traficantes da região.
Chacina
Para a polícia, “Lulu” era o principal suspeito de ser o autor da chacina que matou dois homens, uma mulher e uma adolescente, em janeiro do ano passado, no bairro Sol Nascente, em Araucária.
O delegado Rubens Recalcatti disse que o tráfico de drogas vai criando redes e, às vezes, um crime em determinado lugar pode estar relacionado com outros totalmente diferentes ou distantes entre si.
“Ele foi morto na CIC, onde já havia se estabelecido, mas em Araucária, era suspeito de vários crime. Além da chacina, a morte do “Loquinho”, que aconteceu também no ano passado”, completou.