Morre ao escalar torre de igreja para furtar fios

A ousadia de um rapaz em escalar uma torre de 40 metros de altura, para furtar fios de cobre do telhado da Igreja da Barreirinha, culminou em tragédia. Por volta das 5h30 de sábado, quando estava na metade da escalada, Godofredo Júnior Guimarães, 26 anos, despencou e morreu antes da chegada do socorro.

De acordo com a namorada do rapaz, Viviane de Oliveira Alves, o casal foi até a igreja, na Rua Carmelina Cavassim, para que Godofredo furtasse os fios que mais tarde seriam vendidos. A garota disse que ainda tentou impedir o namorado, mas sem dar ouvidos aos seus apelos, ele começou a subir na torre. Quando já estava a cerca de 20 metros de altura, um cabo de aço, que o sustentava, arrebentou e ele caiu, morrendo na hora.

Antecedentes

O padre Leocádio, responsável pela paróquia, disse que, na segunda-feira passada, moradores avistaram Godofredo tentado cometer o furto, mas ao ver uma viatura da polícia, ele teria desistido da idéia. “Já assaltaram a igreja duas vezes para roubar microfones e caixas de som. Desta vez este rapaz queria os fios de cobre”, contou o padre. O pai de Godofredo, Albari Cruz, afirmou que o rapaz era usuário de drogas e que por isso havia se afastado do filho. “Eu morava na Barreirinha com ele, mas como não aceitava o que fazia fui morar em outro lugar. Só soube que ele tinha morrido hoje pela manhã (sábado), quando ouvi no rádio. Além de tudo hoje é meu aniversário, que presente!”, lamentou o pai da vítima. (PC)

Delito comum na Grande Curitiba

Os moradores da Vila Liberdade, em Colombo, não agüentam mais ficar sem telefone. O problema vem ocorrendo com freqüência devido ao furto de cabos telefônicos. Segundo a Brasil Telecom, este ano já foram furtados no Estado 28 mil metros, sendo a metade na Região Metropolitana. A maioria das ocorrências acontece em São José dos Pinhais, Colombo, Almirante Tamandaré e Fazenda Rio Grande.

Os furtos têm causado grandes prejuízos para os comerciantes de Colombo. João Sirillo conta que não consegue fazer os pedidos para o armazém nem atender os clientes acostumados com as entregas em casa. “Até ontem a noite estava funcionado. Hoje pela manhã estava mudo”, reclama. Sirilo sabe bem a causa do problema. “É gente que rouba durante a noite e depois vende para o ferro-velho”, comenta.

Dificuldade

O proprietário de uma bicicletaria, Darci Alves dos Santos, tem a mesma queixa de Sirilo. “A gente quer pedir as peças para a distribuidora e não pode”, reclama. Ele também confirma que os furtos são a causa do problema. “Mas acabaria se os receptadores fossem punidos”, opina. Darci até pensa em desligar a linha, já que paga a assinatura e não pode usar o aparelho.

O diretor institucional da Brasil Telecom no Paraná, Leôncio Vieira de Rezende Neto, fala que nos últimos anos o problema vem diminuindo. Em 2001 foram registrados 1.254 furtos, mais de 100 por mês. Em 2002 baixou para 900 e no ano passado continuou neste patamar. Mesmo assim reconhece que a situação ainda está longe da ideal. Em 2003 foram furtados 159 quilômetros de cabos no Paraná, o que corresponde a distância entre Curitiba e Telêmaco Borba.

Para diminuir a incidência de furtos a empresa tem contado com o apoio das polícias Militar e Civil. Os cabos possuem sensores e quando eles são cortados a central responsável fica sabendo, acionando a polícia. Leôncio pede também que a população ligue e denuncie pessoas suspeitas que estejam mexendo nas linhas telefônicas. Podem ligar para 0800-410802 ou 0800-6414104.

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