Subiu para seis o número de vítimas da chacina, que aconteceu na noite de sexta-feira no Jardim Arroio, bairro Barreirinha, em Curitiba. Cristiane Gonçalves Antunes, 14 anos, que também foi baleada, não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Cajuru, segundo informações do Instituto Médico-Legal (IML).

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As outras vítimas da matança foram Valéria Neves da Luz, 16 anos, grávida de sete meses; o segurança Marcelo Rodrigo Apolônio Estevam, o “Negão”, 22; André Antônio de Moraes, 28, Márcia Andressa de Medeiros e Anderson Carvalho dos Reis, cujas idades não foram apuradas. Até a manhã de sábado, os corpos não haviam sido identificados oficialmente no IML.

Valéria, Marcelo, Márcia e Anderson morreram dentro de um barraco, num beco no final da Rua Albino Blum. André foi assassinado no carreiro que dá acesso à casa. Segundo o superintendente da Delegacia de Homicídios, Odimar Klein, os criminosos estavam em duas motocicletas e chegaram atirando.

“As vítimas são todas conhecidas entre si e usam o beco para consumo de droga”, disse. Ele afirmou que dívida de tráfico de drogas é o principal motivo da fuzilaria.

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No local, foram encontradas cápsulas de pistola calibre ponto 40. “Familires e conhecidos das vítimas começaram a ser ouvidos na delegacia”, contou. A polícia investiga a possibilidade de as mortes estarem relacionadas ao assassinato de um adolescente, de 17 anos, em 17 de janeiro na mesma rua da matança.

Usuário de drogas, ele era amigo das vítimas da chacina e tinha várias passagens pela Delegacia do Adolescente. A Secretaria da Segurança Pública divulgou ontem que o beco onde ocorreram as mortes já foi denunciado diversas vezes ao 181 (Narcodenúncia) como sendo ponto-de-venda e consumo de droga. Além disso, há informações que o barraco era usado para receptação de objetos roubados.

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De acordo com informações preliminares, a casa pertencia a André que é ex-presidiário. Segundo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do Policiamento da Capital, em entrevista publicada no site da Agência de Notícias, órgão oficial do Estado, há grande probabilidade de essas mortes terem sido cometidas por traficantes.

O comandante pede para que a população colabore e ligue para o 181 se tiver qualquer informação que leve aos autores do crime. A identidade do denunciante é mantida em sigilo.