Moradores da Rua Denizart Pacheco de Carvalho, no Fanny, estão em alerta com os roubos de carros, em específico nas quadras entre as ruas Antônio Ader e João de Oliveira Franco.
Os assaltos iniciaram há cerca de um ano e ocorrem em “temporadas”. Os bandidos somem e voltam a agir semanas depois. Apenas um dos carros roubados na rua foi recuperado. A vizinhança tem convicção que há uma quadrilha muito bem organizada, que age no bairro, sob encomenda.
O vendedor autônomo Edison Luiz Kampa, 41 anos, apontou nove casas que sofreram com os roubos. Os assaltantes não tem hora para agir. Já roubaram de dia e à noite e se aproveitam que as vítimas estão abrindo os portões.
Edison mora há cinco anos na rua e, depois ter o carro roubado, há um ano, tenta unir os moradores para colocar câmeras de segurança nas esquinas. “Policiamento não passa aqui”, disse o vendedor.
Todos as vítimas chamaram a Polícia Militar e também registaram queixa na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Apenas um morador, que foi vítima na noite de anteontem, teve o carro recuperado horas depois. Os outros, até hoje não viram seus automóveis de volta.
“Acho que os bandidos agem aqui porque não há comércios, e, à noite, não há gente pela rua. Também falta policiamento”, lamentou o designer João Souza, 33, que teve o carro roubado há cerca de um ano.
Encomenda
Os moradores estão convictos que os bandidos agem por encomenda. Uma das moradoras relatou que eles passam na rua, observando os carros de todas as casas.
Durante essas “rondas”, os marginais agem normalmente em três. Sempre usam bonés e óculos escuros e um deles fica ao celular, provavelmente passando as informações dos carros.
“Estão sempre em algum Sedan preto ou algum carro popular branco. Se alguém chama a polícia, eles facilmente se confundem com outros automóveis no trânsito”, analisou uma moradora.
Na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, o Fanny não é um bairro que “engorda” as estatísticas de furtos e roubos de carros. Desde o mês passado, a especializada registrou sete roubos de veículos, um deles na região em que os moradores apontam como perigosa. Conforme o delegado Marco Antônio de Goes, o bairro que mais preocupa a DFRV é o Água Verde, principalmente na Rua Rio Grande do Sul e arredores.