Um morador de rua identificado apenas como Gilmar, ou o “Barba”, foi encontrado morto dentro de um prédio abandonado, na Vila Izabel, por volta das 8h de hoje (13).
Ele foi assassinado com facadas e agressões na cabeça. Manchas de sangue indicam que ele começou a ser agredido no térreo e terminou de ser morto no terceiro andar. Há suspeitas que o autor seja um homem de apelido “Bruxo”, que já estava sendo procurado no Parolin.
O corpo foi localizado por outros moradores de rua, que chamaram a polícia. Ninguém presenciou o assassinato. Mas pelo que observou o delegado Rubens Recalcatti, as primeiras agressões devem ter ocorrido no térreo, onde havia manchas de sangue.
A vítima deve ter tentado fugir, mas no terceiro andar, os marginais terminaram de executá-lo, possivelmente com facadas e golpes com alguma barra de ferro. O rosto da vítima ficou desfigurado com as agressões.
Em seguida, marcas de arrasto com sangue mostram que o corpo foi levado de um cômodo ao outro daquele andar e ficou caído à beira de uma parede, onde o assassino escreveu com um tijolo e assinou a frase: O crime não é perfeito, mas não admite falhas. “Há marcas bem visíveis de calçados dos agressores. Já registramos as pegadas para investigações”, disse o delegado.
Demolição
O prédio fica dentro de um grande terreno abandonado, localizado na esquina das Ruas Cândido Xavier e Professor Guido Straube, uma área nobre da Vila Izabel. Como está há muitos anos abandonado, o local vive sendo invadido por moradores de rua e já teve os portões, feitos de tapume, trocados e reforçados três vezes.
Um homem que representa os donos do terreno contou que o prédio começou a ser construído, mas os proprietários desistiram de concluir o imóvel e lacraram o terreno.
Com novos planos para a área, o corte das árvores e do mato já estava programado para começar ontem de manhã. Assim que o serviço for concluído, disse o representante, também é planejada a demolição do prédio.