Para aproveitar o feriado, o montador industrial Marcos Pontes Cordeiro, 26 anos, saiu para jogar sinuca e foi morto pelo membro de uma gangue, às 19h de ontem. O rapaz tombou com um tiro no peito em frente ao bar localizado na esquina das ruas Antônio Magrin e Albertino Gonçalves Cordeiro, CIC. A região é o limite entre as vilas Resistência e Modelo, áreas que abrigam duas gangues rivais.
Marcos estava em frente ao boteco, quando foi baleado. Apesar de haver várias pessoas no estabelecimento e nas ruas, ninguém se dispôs a contar o que viu. Para João Pontes Cordeiro, irmão da vítima, Marcos foi morto por engano. "Ele era trabalhador e não se envolvia em confusão, nem fazia parte de nenhuma gangue", afirmou.
O soldado Kolitski, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, relatou que é freqüente o enfrentamento entre gangues das duas vilas. Esses encontros, segundo o policial, deixam vítimas, muitas vezes. É o que confirmaram alguns moradores. Comentou-se, no local, que integrantes da gangue da Vila Resistência "juraram de morte" os da Vila Macedo. "Com o Marcos, quatro já foram assassinados", disse um rapaz, que não quis se identificar.
Marcos era casado e tinha dois filhos. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal e a Delegacia de Homicídios está responsável pela solução do caso.