Facadas e tiros foram as formas usadas por três homens encapuzados que invadiram uma residência em Almirante Tamandaré, na madrugada de sábado,
mataram duas pessoas e feriram outras duas. Anderson de Andrade Alves, 18 anos, e Gabrielle Stefane Pegoraro dos Santos, de 1 ano e 7 meses, morreram. Dircelene de Andrade Alves, 41, mãe de Anderson, e Suelen Lopes Pegoraro, 17, mãe do bebê, foram levadas ao hospital.
Passavam poucos minutos da meia-noite quando a casa, na Rua Campo Largo, Jardim Roma, foi invadida e seus moradores surpreendidos dormindo. Eles foram feridos a facadas e tiros de pistola calibre 6.35. Gabrielle levou um tiro no pescoço e foi socorrida pela viatura do 17.º Batalhão da Polícia Militar, mas morreu antes de dar entrada no Hospital Cajuru. Anderson, além dos tiros, foi esfaqueado, também no pescoço.
Uma das filhas de Dircelene conseguiu escapar ilesa porque a mãe lhe tapava a boca para que não gritasse, enquanto recebia golpes de faca. Ela não soube dizer quem teria cometido a atrocidade. O motivo também é desconhecido da família e da polícia.
Mistério
O pai de Anderson, José Ferreira Alves, disse no Instituto Médico-Legal, ao proceder o reconhecimento dos corpos, que não entendia o porquê de o crime ter sido cometido. "Se ele se desentendeu com alguém, dessem uns tapas e tudo ficava resolvido. Por que fazer isso com meu filho?", questionava.
A investigação do caso está a cargo da delegacia de Almirante Tamandaré, que vai esperar a recuperação das sobreviventes do ataque criminoso para colher detalhes e ajudar na investigação. "Lá não é ponto de droga e não há, por enquanto, nenhuma acusação contra as vítimas", comentou o investigador Leodir.
José estava revoltado. "Peço às autoridades que tomem alguma providência para que a criminalidade acabe e esses bandidos saiam de circulação", disse. Ele também reclamou da impunidade a adolescentes, que atualmente cometem crimes. "Tem criança de 12 ou 13 anos com arma na cinta. Hoje é mais fácil matar um ser humano do que matar um passarinho", completou.