Porto Alegre – O paranaense Adriano da Silva, 28 anos, foi condenado por unanimidade a 21 anos e cinco meses de prisão pelo assassinato e ocultação do cadáver do adolescente Alessandro Silveira, de 13 anos. O julgamento, realizado em Passo Fundo, terminou na madrugada de ontem e foi o primeiro de uma série que prossegue em setembro e outubro deste ano.
O réu também é acusado pela morte de mais sete garotos e poderá responder ainda por outras quatro, já que assumiu 12 assassinatos quando foi preso, no início de 2004. Os crimes ocorreram em Passo Fundo, Soledade, Lagoa Vermelha e Sananduva, cidades do noroeste do Rio Grande do Sul, entre agosto de 2002 e janeiro de 2004.
Em seu depoimento, Adriano da Silva surpreendeu ao declarar-se culpado por somente uma das mortes, de Daniel Lourenço, de 13 anos, em janeiro de 2004, em Sananduva. Alegou que havia assumido os outros crimes sob coação, porque sua família estaria sofrendo ameaças. O promotor Fabiano Dallazen considerou a versão inverídica. Durante a sessão, o médico forense Paulo Teitelbaum informou que Adriano da Silva tem consciência de seus atos e não pode ser qualificado como psicótico.