Porto Alegre – O paranaense Adriano da Silva, acusado pela morte de 12 crianças no Rio Grande do Sul, começou a ser julgado ontem, em Passo Fundo, pelo assassinato de Alessandro da Silveira, uma de suas vítimas. Silva poderá pegar pena de 13 a 33 anos de prisão.
Em seu depoimento, ele surpreendeu ao negar 11 dos assassinatos que havia assumido em janeiro de 2004, quando foi preso. Alegou que, ao fazer a confissão, estava coagido por ameaças que sua família teria sofrido.
A série de assassinatos ocorreu do início de 2003 ao início de 2004, em diversos municípios do noroeste daquele estado. Todos pobres, os meninos eram atraídos pela oferta de presentes ou atividades que poderiam render dinheiro e eram agredidos até a morte com golpes de artes marciais. A maioria dos cadáveres tinha sinais de violência sexual. Até agora, Silva foi acusado formalmente por oito das 12 mortes.