A ausência de um monitor para orientar os banhistas pode ter contribuído para a morte do estudante Gustavo Rodolfo Alves, de 14 anos, após despencar de uma altura de 4 metros do tobogã do parque aquático Thermas de Ibirá, a 410 quilômetros de SP, no domingo (30).
Alves e mais nove amigos desciam juntos pelo tobogã, quando o brinquedo cedeu. Alves estava à frente e sofreu com o impacto dos meninos que vinham atrás e caíram sobre sua cabeça no chão, ao lado da piscina. Ele teve fratura cervical e traumatismo craniano, morrendo no local. Outros dois garotos tiveram fraturas no braço e na perna.
A Polícia Civil de Ibirá abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente, mas o prefeito da cidade, Francisco Márcio Carvalho (PSDB), responsável pela estância, disse que o funcionário que orienta os banhistas no momento da descida do tobogã não estava no alto do brinquedo, que tem cerca de 20 metros de altura. "O funcionário tinha ido almoçar e não foi substituído. Por isso, o grupo de garotos parou no meio da descida e a estrutura do tobogã não suportou o peso", declarou.
Alves foi enterrado sob um clima de emoção e revolta no cemitério municipal. Parentes e amigos do garoto contaram que o tobogã estava rachado em alguns pontos. "Fui lá outro dia e voltei para casa com as costas machucadas", disse Daniel Mariano, um garoto de 10 anos. "Ele caiu e os outros caíram sobre ele", contou Jonni Costa, outro garoto que estava no parque no momento do acidente. "Nunca mais volto lá", afirmou.
O prefeito negou que o brinquedo estivesse em condições precárias de uso. "O brinquedo estava bom, ele passa por manutenção uma vez por ano", disse. Mesmo assim, segundo Carvalho, o parque ficará interditado até a reforma do tobogã, e a administração do local será substituída. "Foi uma fatalidade, mas houve uma falha neste acidente e os responsáveis precisam pagar", disse.