Quarenta minutos de conversa dos bombeiros dissuadiram Jamile Cristina Rodrigues, 21 anos, de atirar-se de um edifício de 20 andares em plena Rua das Flores. A ameaça de suicídio mobilizou três viaturas do Corpo de Bombeiros e uma da Polícia Militar e mexeu com a curiosidade da multidão que passava pelo centro de Curitiba ontem de manhã.

Jamile sentou-se às 7h40 no terraço do Edifício Augusta, na esquina da Rua XV de Novembro com a Alameda Dr. Muricy. Olhando para baixo, 60 metros acima do solo, a jovem parecia estar decidindo se poria ou não fim à própria vida. Assim que a PM foi chamada, transeuntes começaram a se aglomerar ao redor do prédio esperando e desfecho do drama.

Perto das 8h10, bombeiros chegaram ao topo do prédio e fizeram as vezes de psicólogo. “Nossa atribuição é conversar e ouvir a pessoa, transmitindo-lhe conforto e tentando convencê-la a desistir da idéia”, disse o tenente Adriano Novochadlo, oficial que comandou o resgate. No caso de ontem, o problema da jovem era familiar.

Por via das dúvidas, o CB tomou suas precauções. O último dos três andares do prédio logo abaixo de onde Jamile estava sentada foi evacuado, para que ninguém recebesse o eventual impacto. Os bombeiros dialogavam com a jovem amarrados a cordas, evitando assim a possibilidade de queda.

Às 8h50, Jamile foi convencida a desistir da empreitada e saiu espontaneamente de cima do prédio. Ela foi levada ao Centro Psiquiátrico Metropolitano e medicada. “Familiares disseram que houve tentativas semelhantes anteriormente”, relatou o oficial.

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