A partir desta semana o caso da cafetina Mirlei de Oliveira, 47 anos, deixa de ser julgado pelo juiz Luís Taro Oyma, 7.ª Vara Criminal – pertencente à Justiça comum – e passa a ser de responsabilidade da Justiça Federal. A decisão foi tomada a partir do pedido feito pelo advogado da “baronesa do sexo”, Antônio Henrique Amaral Rabello de Mello, que afirma ser de alçada federal o julgamento da acusação de tráfico internacional de mulheres que recai sobre a cafetina.
Rabello foi informado ontem que seu pedido foi acolhido e que o caso será transferido, ainda esta semana, à Justiça Federal. Por causa dessa transição, a audiência das testemunhas de acusação, marcada para amanhã, poderá ser adiada. “Cabe ao novo juiz analisar o caso e decidir se Mirlei será novamente ouvida, e marcar uma nova data para a audiência das testemunhas”, afirmou Rabello.
A audiência marcada para amanhã contaria com as testemunhas arroladas pela promotoria do Ministério Público. Entre elas estão a ex-garota de programa, que denunciou a “baronesa” por extorsão, e o marido dela, um empresário americano.
A cafetina continua recolhida na Penitenciária Feminina de Piraquara. Ela foi presa no dia 25 de setembro por policiais do 1.º Distrito (centro), em Santa Catarina. Mirlei responde pelas acusações de lenocínio, extorsão e tráfico internacional de mulheres.