Michelotto ficou dois anos e sete meses no comando da PC

Marcus Vinicius Michelotto ficou dois anos e sete meses no comando da Polícia Civil. Apenas o delegado Jorge Azôr Pinto tinha ocupado por tanto tempo a cadeira: ficou sete anos à frente da instituição. Michelotto confirmou que o Caso Tayná foi o desgaste final para que colocasse o cargo à disposição. “Em toda situação de crise na polícia, o desgaste sempre cai sobre o delegado geral. Saio feliz, agradecido com a oportunidade, por entender que o desgaste que estas crises geraram foram institucionais, não pessoais”, diz.

Várias crises se abateram sobre a Polícia Civil, desde 2011. Mas Michelotto afirma que a polícia tinha a razão em todas elas. Como exemplo, ele cita a morte de um policial militar gaúcho (brigadista) por policiais do Tigre, durante investigações do sequestro de um agricultor paranaense, no Rio Grande do Sul. As autoridades gaúchas confirmaram que a operação não tinha nada de ilegal.

No caso da mansão-cassino do Parolin, estourada, em janeiro do ano passado, por policiais civis, sem conhecimento das chefias, Michelotto diz que foi uma operação de policiais que queriam botar em discussão “questões internas”. Porém, até hoje não foi divulgado quem era o responsável pelo estabelecimento.

Mordomóveis

A Polícia Civil ficou na berlinda também em maio do ano passado, quando o jornal Gazeta do Povo publicou reportagens sobre supostos desvios do Fundo Rotativo e o uso de viaturas para fins particulares.

Michelotto defendeu que nenhum centavo foi desviado do fundo e as viaturas, historicamente, ficaram à disposição de funcionários que podem ser requisitados a qualquer horário para o trabalho, conforme a necessidade ou urgência.

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