Um quadro na parede com um desenho inusitado. Uma garça tenta “almoçar” um peixe, que luta bravamente para não ser engolido. “Nunca desista” é a frase que está escrita na pequena cena. Este é um dos quadros que está na parede do delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinicius da Costa Michelotto. Segundo ele próprio, não desistir é o seu lema.
Ao analisar o momento atual, Michelotto avalia que a Polícia Civil está passando por uma transformação. Ele destaca os avanços significativos que já ocorreram, como o investimento forte no combate aos crimes contra a vida. Michelotto lembra que um dos principais focos no trabalho da polícia é o combate ao tráfico de drogas.
Abaixo, trechos de entrevista concedida por Michelotto:
Como está a Polícia Civil hoje?
A Polícia Civil passa por uma transformação. São sinalizados investimentos que vão ocorrer, que já estão em fase de acontecimento, como a transformação das sedes físicas da Polícia Civil, que é a principal transformação. Muitas vezes, a população diz que tem medo de ir à delegacia, pelas instalações. Isso vai mudar.
Quais serão as medidas tomadas para reverter esse quadro?
As novas delegacias cidadãs, projetadas pela Secretaria da Segurança Pública, nesse projeto do governador Beto Richa, trazem essa outra fórmula: terceirização do atendimento com assistentes sociais, com psicólogos, com atendentes, com agendamentos. Isso com certeza vai ser a primeira mudança da imagem na instituição. Outra mudança que está sendo feita é a de pessoal. Nós estamos agora com a terceira turma de investigadores, escrivães e papiloscopistas que são de terceiro grau. O aumento salarial concedido no primeiro semestre também atrai um interesse maior de pessoas que até tem o perfil para ser policial, mas que até então estavam desestimulados em virtude do salário. É uma mudança radical ao nível da imagem da Policia Civil, que vai ser vista rapidamente pela população.
Quais foram os avanços da Polícia Civil nos últimos anos?
Nós tivemos avanços significativos no investimento forte nos combates aos crimes contra a vida. Todas as subdivisões do Estado terão delegacias de homicídio, com policiais civis treinados para atendimento nos locais de crime. Nós teremos em todas as subdivisões as delegacias da mulher, que é um anseio da população. Nós inauguramos no ano passado a Delegacia Eletrônica, com diversos serviços que podem ser feitos on-line, que é um avanço enorme. Desde a instalação da Delegacia Eletrônica, em setembro de 2011, nós tivemos mais de 120 mil ocorrências, ou seja, são 120 mil ocorrências que deixamos de atender dentro das delegacias, dando conforto à vítima e um alívio para os policiais. Também a especialização na Escola da Polícia Civil, e temos trabalhado muito na requalificação dos policiais que já estão na carreira e uma boa qualificação para aqueles que estão entrando. Temos algumas ações já sinalizadas pelo governo, que é a reformulação do nosso estatuto, que vai mudar toda a parte administrativa da instituição. São anseios básicos que seria uma sede própria, um hino da Polícia Civil e o museu da instituição.
Quais são as outras metas da Polícia Civil, daqui para a frente?
A guerra ao tráfico de drogas sempre vai ser nossa meta. Nós tivemos esse ano, nessa gestão, a maior apreensão de crack da história: foram 128 quilos da droga, apreendidos pela Denarc de Cascavel. Fizemos a maior incineração de entorpecentes: mais de 14 toneladas de droga. Nossa meta também é buscar sempre motivar o policial. Eu tenho orgulho em ser policial civil. Enquanto eu for policial civil, não importa o cargo, eu sempre vou estar lutando para que o policial an,de de cabeça erguida, orgulhoso da função que faz e sempre sendo respeitado. Não admito que falem mal da polícia.
