Anderson Tozato
Álvaro foi morto pelo avô da namorada.

O romance entre o metalúrgico Álvaro de Jesus Abucarub, 28 anos, e uma garota de 13 anos teve fim trágico. Após trocar insultos com o pai da garota, o rapaz foi morto com um tiro no coração, disparado pelo avô da menina, o aposentado Gustavo Gonçalves, 75 anos. Álvaro tombou morto na Rua Afonso Pena, quase esquina com a Rua Juscelino Kubitschek, na Vila Amélia, em Pinhais. Gustavo e seu filho, Samuel Gonçalves, 35, foram presos por policiais militares e autuados em flagrante na delegacia local. Populares, revoltados, ameaçaram linchar os dois.

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Álvaro começou o romance com a menina há aproximadamente um ano, mas a família da adolescente era contra o namoro. ?Inclusive o pai do Álvaro veio de Siqueira Campos, no norte do Paraná, buscá-lo para levá-lo embora devido aos constantes desentendimentos dele com a família da garota?, contou o tio do rapaz, Valdemar Santos Batista. Segundo ele, o rapaz estava apaixonado. Ele não pretendia abandonar o ?grande amor? e estava planejando fugir com a adolescente para Siqueira Campos, nos próximos dias. A família da menina teria descoberto o plano do casal.

Discussão

Anderson Tozato
Gustavo diz que se defendeu.

Na sexta-feira, por volta das 21h30, Álvaro estava conversando na rua, quando o pai da menina se aproximou e iniciou a discussão. Em seguida, o avó saiu de casa e foi ao encontro dos dois. Após a troca de insultos, Gustavo teria retornado até sua casa, e apanhado o revólver calibre 38. Ao retornar, com a arma em punho, Samuel teria motivado seu pai a puxar o gatilho: ?Mata ele!?. No calor da confusão, Gustavo efetuou um único disparo.

Assim que o rapaz caiu no meio da rua, gravemente ferido, populares perseguiram Gustavo e Samuel. Ainda segurando o revólver, o aposentado se escondeu atrás do muro da residência. O Siate foi acionado, mas quando os socorristas chegaram, Álvaro já estava sem vida. Policiais militares estiveram no local e prenderam Gustavo, que não esboçou reação. Irritados porque Samuel estava dentro da moradia, os populares começaram a gritar e se aglomeraram em frente a casa. Os PMs entraram e Samuel também se entregou. Quando os policias deixaram a casa e colocaram Samuel no camburão foram aplaudidos pelos moradores.

Defesa

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Chorando, Samuel contou que tentou impedir o namoro da filha, mas não obteve sucesso e entregou ?nas mãos do destino?. ?Ela começou a mudar o comportamento e batia nas irmãs para sair de casa. Um dia dei uns tapas na minha filha de 13 anos, que contou para o namorado. Deste então não tive sossego e passei a ser ameaçado por ele?, relatou Samuel. Ele garantiu que na noite de sexta-feira, não foi tirar satisfações com Álvaro.

?Sai de casa para levar salgadinho para minhas outras duas filhas, que moram com a mãe. Quando cheguei na esquina ele e a gangue dele me rodearam, queriam me bater e chamei meu pai?, contou. Samuel disse que assim que Gustavo chegou, Álvaro, que seria lutador de artes marciais, tentou golpeá-lo. Foi então, que Gustavo disparou. ?Eles vieram para me matar. A minha própria neta pediu para que eles me matassem. Veio pedra de todo lado. Tive que me defender?, acrescentou Gustavo.

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