Um adolescente de 17 anos é apontado pela polícia como o responsável pelos tiros que mataram Cinthia Luciana Godoy, também de 17 anos, e feriram Marilza Machado de Oliveira, 22, na noite de sexta feira, em Borda do Campo, São José dos Pinhais. O acusado foi apresentado pela advogada ao delegado Osmar Dechiche, na manhã de ontem, e será encaminhado ao Ministério Público. Márcio Pereira Moraes, 22, que também teria participado do crime, foi ouvido na delegacia daquela cidade e liberado. Ele terá a prisão preventiva solicitada pelo delegado. De acordo com os levantamentos da polícia, o acusado foi até a casa de Cinthia para tirar satisfação sobre um boato de que o irmão dela (Claudinei) queria "pegá-lo". Sob efeito de álcool, ele – acompanhado por Márcio – esperou que Claudinei estacionasse seu veículo na garagem da moradia e foi conversar.
Claudinei não deu importância à presença do menor e entrou em casa. Porém, o acusado continuou a gritar no portão da casa, o que chamou a atenção de Cinthia. Ao sair para verificar o que estava acontecendo, ela foi baleada. Encaminhada ao Hospital e Maternidade São José, com um ferimento no pescoço, Cinthia não resistiu e morreu no início da madrugada de sábado.
Bar
Logo após o disparo, o adolescente saiu correndo e foi até um bar a procura de um amigo que lhe arranjasse dinheiro para fugir. Nesse bar, situado na Rua Tubarão, aconteceu uma nova confusão. Marilza, ao ouvir a história relatada pelo menor, de que ele havia baleado uma mulher e que queria fugir, resolveu detê-lo. Com medo de ser entregue à polícia, o acusado sacou seu revólver novamente e disparou duas vezes contra a moça. Marilza recebeu um tiro no rosto e outro no peito e está internada em estado grave no hospital.
Depois de efetuar os disparos, o menor desapareceu.
A arma utilizada nas duas situações foi comprada na semana passada, por R$ 300,00. Pelo que consta em seu depoimento, ele havia sido ameaçado por um outro rapaz. Sobre a morte de Cinthia, o menor disse que não tinha a intenção de matá-la e que inclusive eles foram colegas de escola, anos atrás. Pela orientação da advogada, o menor e Márcio foram impedidos de prestar esclarecimentos à imprensa.