Os assassinos de Kelli Lemes da Silva, 15 anos e grávida de oito meses, e de seu amásio, o pintor automotivo Elyson Edner de Oliveira, 21, não pouparam munição na noite de domingo, quando invadiram a residência de madeira, na Rua Natalícia Barbosa Neto, Jardim Holandês, em Piraquara, onde o casal morava. Kelli foi assassinada com nove tiros, dois deles na barriga. O companheiro Elyson levou pelo menos dez balaços. A principal hipótese da polícia é crime passional.
Segundo informações da polícia, os dois dormiam abraçados, quando, pouco depois das 22h, foram executados por dois homens. O superintendente Valdemir Rodrigues do Prado, da delegacia de Piraquara, disse que a ação dos marginais foi muito rápida.
“Outras três pessoas, entre elas a irmã de Kelli, estavam na residência, mas não viram os assassinos que saíram correndo”, contou Valdemir. Na casa, foram apreendidas várias cápsulas de pistola calibre 32.
Relacionamentos
Ontem pela manhã, na delegacia, a mãe de Kelli contou que a filha já tinha marcado o parto para os próximos dias. Elyson morava no Boqueirão, em Curitiba, e há quatros meses saiu do bairro para morar com Kelli. O pai dele revelou que, quando conheceu o rapaz, Kelli estava em outro relacionamento amoroso.
“Ela se envolveu com Elyson e ficou grávida”, contou o superintendente. Por conta disso, a polícia acredita que o ex-namorado da garota, que mora no Jardim Holandês, estaria por trás do crime. “O que nos chamou a atenção é que atiraram na barriga dela.”
O pai de Elyson afirmou ontem, à polícia, que o rapaz era usuário de droga, o que fez a polícia trabalhar com ligação ao tráfico de drogas como hipótese para a motivação do crime.