Depois do almoço de domingo, os primos Rian Felipe Cunha Cubas, 5 anos, e Lucas Mateus Cunha Siqueira, 7, saíram de casa, em Fazenda Rio Grande, para ir apanhar cana em uma chácara vizinha. Esta foi a última vez que os pais os viram. Até a noite de ontem, os dois continuavam desaparecidos.
Rian e Lucas saíram de casa, na Rua José de Alencar, Jardim Colônia, por volta das 13h30. Depois de chupar a cana, eles pararam em frente ao Bar do Freitas, a alguns metros da casa deles, para jogar bolinha de gude com outras crianças. Cerca de uma hora depois, desapareceram e nem os amigos souberam contar como isso aconteceu.
Preocupadas com a demora dos filhos, as irmãs Josiane de Paula Cunha, 24, e Viviane de Paula Cunha, 23, passaram a procurá-los. Conforme as horas passavam outras dezenas de moradores se uniam nas buscas, que duraram toda a madrugada.
Bombeiros
Temendo que as crianças tivessem se afogado em um tanque da região, soldados do Corpo de Bombeiros foram chamados e 20 homens fizeram buscas aquáticas e terrestres durante a noite de domingo e manhã de ontem. Enquanto policiais, bombeiros e moradores procuravam os dois meninos, diversas versões eram passadas pela própria população.
Alguns moradores garantiram ter visto os primos perto da BR-116, outros, próximo ao tanque, e há quem diga que Rian e Lucas estavam na casa de uma moradora do município. Em meio a tantas informações, policiais do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) deram início às investigações. Para a delegacia especializada, a maior dificuldade é trabalhar contra o relógio, uma vez que quanto maior o tempo de desaparecimento mais difícil é encontrar os meninos. Atualmente o Sicride conta com 21 inquéritos em aberto de crianças desaparecidas.