A menina de 11 anos que foi seqüestrada na última sexta-feira, em Fazenda Rio Grande, continua hospitalizada. Isolada no setor de infectologia do Hospital Pequeno Príncipe, a garota está sob cuidados médicos, tomando medicamentos e sendo submetida a vários exames. Mesmo doente ela contou à família como foi raptada.

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De acordo com a tia dela, a garota disse que voltava para casa, depois de comprar pão, quando foi arrastada até o matagal por três indivíduos. Lá ela teria sido violentada sexualmente duas vezes e obrigada a caminhar até o cativeiro sob a mira de um revólver. No local, ela foi violentada pela terceira vez. Depois que policiais tomaram as ruas do município os criminosos se sentiram acuados e a libertaram no final do mesmo dia. "Ela chegou em casa no começo da noite vestindo sua blusinha e uma calça de moletom masculina bem velha, que os seqüestradores devem ter dado a ela. Minha sobrinha sangrava muito e por isso continua hospitalizada. Nós acreditamos que ela tenha sido dopada, por isso não conseguia falar muito", disse a tia.

A polícia ainda não conversou com a menina para saber o que realmente aconteceu, mas familiares garantem que não há possibilidade de ela ter saído de casa espontaneamente. "Há boatos que ela tenha saído para encontrar um namorado, mas nós não acreditamos nisso, pois ela estava brincando e nem queria ir comprar pão. Nós nunca soubemos que ela tivesse um namorado, pois era muito criança para isso", disse a tia.

A família da menina acredita que ela sofreu violência sexual, uma vez que quando chegou em casa estava sangrando muito. Entretanto, os médicos ainda não falaram com os familiares a respeito do que possa ter acontecido. Os laudos sobre a agressão sofrida ainda não foram concluídos.

Solução

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Os parentes e amigos da criança garantem que não vão deixar o caso impune. "Vamos cobrar da polícia uma resposta. Esse não será mais um caso que ficará sem solução. Vamos mexer céus e terra para pôr os culpados na cadeia", finalizou a parente.

O delegado Antônio Rocha, de Fazenda Rio Grande, disse que vai esperar a menina se recuperar para falar com ela e assim conseguir informações que levem até o paradeiro dos criminosos. Por enquanto a polícia não tem pistas de quem possa ter raptado e talvez violentado a menina.

Rapto

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A criança saiu de casa pela manhã, acompanhada do pai, para comprar pão. O pai seguiu para seu curso de línguas e quando a menina voltava para casa foi abordada na Rua Venezuela. Os seqüestradores entraram em contato com a irmã da vítima pelo celular, pedindo dinheiro. Policiais do município e do Grupo Tigre fizeram patrulhamentos pela região durante a tarde e, horas depois, a menina apareceu em casa.